Seria possível fazermos uma retrospectiva do futuro? Parece um paradoxo. E é! Mas tentemos nos imaginar crianças ou adolescentes e já tentando pensar em como seria nosso futuro a partir de nossos atos presentes. Difícil, não é? Para essa equação ser completa, teríamos que entender também que nossa vida não começou quando nascemos, já percorremos estradas antes e carregamos uma bagagem. Mas como ter certeza disso?
Muitas tradições religiosas nos falam de um caminho sinuoso e longo que percorremos nesta nossa peregrinação evolutiva. O Carma é a grande lei que regula os erros e acertos de nossos passos. A crença em um inferno ou céu permanentes prejudicou nossa capacidade de refletir com serenidade. Passamos a agir como se estivéssemos constantemente vigiados por um Pai severo e irredutível. Aí, em vez de atuarmos com naturalidade, passamos a tentar fazer o ‘bem’ e a evitar o ‘mal’ apenas com medo das punições. Fomos ensinamos que já nascemos ‘pecadores’ e esquecemos nossa origem Divina e nossa bondade inerente.
A consequência disso para parte da humanidade tem sido avassaladoramente cruel. O materialismo impera e o dogmatismo permanece governando as mentes de milhões.
Nada é extático na Natureza. A vida é regida por um eterno Movimento e Leis imperecíveis. A luta é permanente e todos temos a chance de progredir e evoluir de modo saudável e hospitaleiro.
As religiões, em sua essência, são um santo remédio contra a avalanche de inutilidades que consomem nosso tempo. Lembram-nos de nossa verdadeira constituição e de que podemos aprender sempre e nos melhorarmos a cada dia. Vamos!