Átila NunesDivulgação

Por Átila Nunes
O espiritismo popularmente conhecido como kardecista é uma proposta filosófica, não religião. Já a Umbanda e o Candomblé são religiões, sim, com dogmas e ritos. Só que tanto a Doutrina Espírita quanto as religiões de matriz africana praticam a comunicação com os espíritos, daí a razão de se chamar a todas essas correntes de espiritismo. Todas, contudo, seguem cinco princípios básicos da forma de ver o mundo.
A primeira e mais importante de todas é a crença na existência de Deus como inteligência suprema. Para os que que creem na reencarnação, Deus não só existe como é a causa inteligente do universo. É absolutamente impossível para um ateu, crer no espiritismo, embora isso não signifique que seu espírito também não esteja num processo de evolução positiva.
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O segundo princípio é a imortalidade da alma (ou do espírito). A convivência espírito x matéria nos acompanha desde os egípcios até os dias de hoje. Todas as culturas sempre buscaram uma explicação para essa dualidade: alma e corpo. E sempre tiveram imensa dificuldade para algo realmente difícil de entender.
O terceiro princípio é a comunicação com os espíritos. Em todo o mundo, existem doutrinas filosóficas e religiões que praticam a comunicação com as almas desencarnadas, isto é, aqueles que não estão mais entre nós. Daí porque, quem crê na comunicação com espíritos, não costuma dizer que "fulano morreu", e sim, "fez sua passagem" (para um mundo espiritual).
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O quarto princípio é o da reencarnação, isto é, a crença de que todos nós passamos por experiências corporais com o objetivo de nos aperfeiçoarmos. Bem, aí reside também a crença de uma justiça divina, já que todos usamos do nosso livre arbítrio no mundo terreno. Acreditamos que as coisas acontecem por uma razão e as dificuldades – sejam quais forem – alimentam a necessidade de aperfeiçoamento espiritual.
O quinto princípio é o da evolução espiritual: a evolução acontece no espírito, não no corpo, embora tenha consequências materiais, é óbvio. Esse processo espiritual faz com que o espírito (ou alma) alcance um nível de maturidade tão apurado, que não reencarna mais. Por isso, o livre arbítrio é fundamental, porque nossas escolhas é que nos farão evoluir espiritualmente.
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Se você vê sentido nos princípios acima, certamente pode se considerar espírita ou, no mínimo, uma pessoa que crê no espiritismo. E isso não invalida o fato de você praticar – ou não – uma religião.
Bem, nos próximos artigos, vamos falar sobre o papel desempenhado pelas entidades nos centros e continuar respondendo às dúvidas dos nossos leitores.
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Além da dúvida
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Para onde vão as almas das pessoas ruins, como os criminosos? Eles têm o mesmo destino das pessoas boas, apesar de terem cometido barbaridades contra outras pessoas? (Vanessa Oliveira – Nova Iguaçu)

Todos temos o livre arbítrio. Pessoas que optam por uma vida de crimes vão para o umbral, uma região espiritual caracterizada pelo sofrimento e habitado por quem desencarnou, mas que ainda mantém pensamentos ou atitudes negativas ligados à vida terrena. É uma dimensão que está entre a dimensão material (ou física) e a dimensão espiritual, a porta de entrada. O tempo de permanência no Umbral vai depender do estágio evolutivo do espírito e do reconhecimento das faltas cometidas. Uma vez feita a autoanálise, aí sim, o espírito ganha a sintonia com planos mais elevados da espiritualidade. Por isso, o tempo de permanência no umbral não deve ser entendido como castigo.