Seu lar não é um museu. Não é. Qualquer tipo de coisa inútil na sua casa pode ser tão inútil, que nem utilidade terá na casa dos outros. Manter utensílios, roupas e até fotos que não lhe tragam boas energias têm que ser descartadas. Algumas, o destino delas deve ser o lixo mesmo.
O problema é que a gente começa se apegando com coisas pequenininhas, desde uma foto 3x4 até um chaveirinho que ganhamos não sabemos mais onde e quando. A gente guarda essas tralhas em gavetas e armários, juntando-se à roupas que não usamos mas sentimos pena de dar.
Interessante é que a gente não percebe o quanto ter tralhas espalhadas (na verdade, guardadas) pela casa, além de absolutamente inúteis, são veículos de uma percepção de energia de estagnação. Repare quantas tralhas você guarda nas suas gavetas: cotocos de lápis sem ponta, canetas cujas tintas secaram, anotação em papeizinhos que não têm mais qualquer validade, correntes, chaveiros, fotos de pessoas que você nem se lembram mais quem são, cartões de aniversário e Natal que jamais você relerá, pedaços que sobraram de algum utensílio doméstico desmontado, capas velhas de celular, pijamas rasgados, camisas que só foram usadas uma vez, sapatos que doem no seu pé e ficam mofando, e por aí vai.
Tudo isso, sem qualquer utilidade, atinge os sentimentos do morador, sem que ele perceba. A estagnação é parente próximo da morte. Não se trata de insensibilidade diante das verdadeiras lembranças, mas sim, de objetos que se transformam em pequenas âncoras energéticas, ajudando o “vampirismo” energético que certas pessoas carregam dentro de si. Quem, nunca, já não se aproximou de alguém e sentiu arrepios?
Algumas religiões, como a Umbanda e as religiões asiáticas, como o hinduísmo, levam isso muito a sério. Aliás, a própria Doutrina Espírita, através de André Luis, salienta a necessidade de circularmos os “empréstimos” divinos, para renovarmos nossos caminhos.
Quem se livra dos apetrechos inúteis, alimenta as forças vivas do bem. Vá até sua despensa de gêneros alimentícios. Observe os que estão lá no fundo do armário, com a validade quase vencida. Parecem estar descansando, né? Não! Estão ocupando um espaço valioso não na sua casa, e sim, no seu lar. No seu lar! E ainda por cima, fazendo falta a alguém que precisa.
Quantas vezes você já jogou comida fora, aquela que fica guarda por dias (semanas?) em potinhos e mais potinhos de plástico, na geladeira? Certa feita, achei um pedaço de bolo congelado no fundo do freezer da geladeira. Era um pedaço do bolo de uma aniversário de cinco anos atrás...
Deixe que se torne patrimônio dos outros aqueles livros que você já leu e só estão “enfeitando” (e ocupando espaço) sua estante. Livre-se deles para alguém que precisa. Não colecione poeira. Dê uma olhada na sua bolsa, minha amiga. Pesada, não? Por que não examiná-la e ver quanta tralha desnecessária você carrega? Sua bolsa fica pesada pelo peso das coisas que você carrega mais o peso da energia inútil.
Aposto que você tem algum móvel na sua casa que não faria a menor falta. Descarte-se dele! Elimine as peças excedentes, os “paninhos” coloridos que uma tia que já se foi lhe deu e você acha que se descartando dele, estará “desonrando” a memória da falecida. Casa “destralhada” é um lar feliz. Em vez de mandar fazer ou comprar mais cômodas e armários, “destralhe-se”. Esvazie as âncoras energéticas.
As roupas e os sapatos que você não usa vão vestir e calçar os que mais precisam deles. Aquela moldura de foto que você guarda há anos, poderá ser útil para alguém que adoraria emoldurar uma foto de casamento. Nem tudo pode ser guardado, simplesmente porque tem um valor afetivo. Se fosse assim teríamos, todos, que morar em mansões para guardar tudo aquilo que ganhamos e compramos ao longo da vida, desde pequenos.
Isso se chama renovação espiritual. E tem que ser feita com frequência. Faça um teste: quando ganhar uma camisa, tente se desfazer de outra mais antiga, que você quase não usa. Renove o tempo todo a energia na sua casa. Tudo que temos em excesso pode significar a necessidade do nosso semelhante. Quantos livros você guarda que poderiam estar circulando de mão em mão? E a comida, que poderia aplacar a fome dos que imploram por alimento?
Ao se livrar de toda essas pequeninas coisas, você estará fazendo um bem aos outros, mas principalmente, a você mesmo, retirando de seu ambiente tudo aquilo que nem sempre traz boas lembranças. A vida é energia transmitida e recebida. Guardar tralhas é estagnar uma energia inútil e negativa.
É possível sonhar com uma pessoa que nunca viu e de repente. conhece-la? Isso aconteceu comigo eu tinha 13 anos e conheci meu marido com 15. Estamos juntos há 35 anos. Isso é destino ou carma ? Jucilene S.F. (zap final 27)
Claro, Jucilene. Isso é um reencontro de vidas passadas. É mais comum do que você imagina. Vou abordar esse assunto na próxima semana.
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