alem da vidaARTE PAULO MÁRCIO
Você se deprecia quando, às vezes, se torna triste, desanimado, angustiado; ou se deixa vencer pela revolta, pelo rancor, pela mágoa; ou ainda, quando se acomoda e fica sem vontade de lutar. A maior consequência dessa autodepreciação (quando não nos amamos), é fazer sofrer aqueles que nos amam, como os pais, os filhos, a esposa ou o marido. Todos ficam infelizes.
Amar a si próprio tem muito a ver com a autoestima. A autoestima tem uma relação direta com o valor que cada um se dá, com o quanto a gente se ama. O segredo para você se amar mais, é você enxergar e aumentar o valor que você tem. É melhorar a autoestima. É melhorar a autoimagem.
A autoestima é o modo com o qual você se sente. Já a autoimagem é a maneira como você se vê. Se você não está sendo valorizado, é porque as pessoas que convivem com você não sabem reconhecer seu valor. Pode ser que as pessoas de seu relacionamento não estejam lhe dando o impulso necessário para sair de uma situação mais difícil, por exemplo. Se as pessoas que lhe cercam são desse tipo, empurrando você ladeira abaixo, chegou a hora de você reconhecer que tem um valor inestimável!
Todos somos únicos, não existe outra pessoa igual a você. Se você procurar no mundo inteiro, você não vai encontrar alguém que tenha a mesma impressão digital que você, o mesmo tipo de olhos, a mesma íris. Não existe em nenhum lugar do mundo alguém igual a você. Então, você é único. Único!
Outra coisa: Deus fez você, a mim, a todos nós. Todos temos um grande valor. Jamais se deixe abater quando alguém depreciar você. Reforce sua autoestima, melhore a sua autoimagem. Você tem um valor extraordinário. Lembre-se sempre disso.
Vamos nos imaginar como uma folha em branco. Quando somos jovens fazemos tudo para aprender. Estamos motivados, ‘corremos atrás’ e aceitamos tudo. Quando nos apaixonamos, fazemos tudo para agradar. Quando entramos no trabalho, queremos aprender, queremos acertar, pontua David Santamaria.
Todos éramos uma folha em branco. Aceitávamos aprender e agradar. Nós não sabíamos de tudo, mas íamos atrás das oportunidades. Dizíamos ‘olha estou aqui, quero aprender, quero saber, quero agradar’. Tínhamos motivação.
Só que mais tarde, na idade mais madura, convivemos com pessoas que sugam nossa autoestima. Pessoas que têm inveja, têm ciúme. E essas pessoas fazem questão de cultivar o desprezo por outras pessoas, fazendo-as perder a motivação, a vontade de lutar pela vida. Aí, a consequência é as pessoas se fecharem. É quando você começa a se desprezar, sentindo-se arrasado, fraco, com a autoestima lá embaixo, lembra Santamaria.
Aquele papel em branco, impecavelmente liso, se torna então, amassado. Já não consegue fazer o barulho que tinha antes. E por medo, comodismo, fraqueza, falta de vontade, pela autodepreciação, não se enxerga seu valor.
Por isso, é preciso começar a se desamassar. É preciso resgatar seu valor, sua autoestima, a sua autoimagem. Não é simples, mas é possível. A gente precisa se amar, resgatar nosso valor, achar motivos para nos motivarmos, desejarmos fazer as coisas com entusiasmo, afastarmos os maus pensamentos, a mentira, a inveja, a calúnia e o orgulho.
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