A influência de pais e amigos como Djs foi muito forte. Quando éramos criança, nós (ele e o irmão Bhaskar Petrillo) preferíamos brincar com a CDJ (Compact Disc Jockey ou mesa controladora) a jogar vídeo game. Na escola ninguém entendia nada, rolava um preconceito também por meus pais serem DJs. Aos poucos, fomos entendendo que era aquilo que queríamos e o festival da minha família também acabou ditando um pouco o caminho e deu no que deu...
Eu lidava com a depressão que ia e vinha, até que recebi o convite para visitar aldeias em Moçambique, na África. Isso ressignificou tudo para mim. Me fez ampliar a visão e furar a bolha. Há muita coisa acontecendo a nossa volta. Digo que a música tem um poder transformador por si só, e através dela sei que posso ajudar muita gente. A pergunta não deve ser qual o sentido da vida, mas o que a vida pode significar. A partir daquela experiência eu procurei conhecer outras ações aqui no Brasil e participar de forma ativa de suas atividades. E foi essa necessidade de fazer ainda mais por quem precisa que me fez planejar o Instituto Alok, que agora tomou forma. E a partir disso tudo passou a ter sentido pra mim me vendo com uma ferramenta que possa contribuir dando um pouco de dignidade para a vida dessas pessoas.
Eu participo de forma ativa com as ações de comunicação e campanha para arrecadações. Além disso, também tenho realizado doações que somam força para esse trabalho maravilhoso com exército lindo e enorme de voluntários no Brasil e também na África.
Eu sinto que estou sempre descobrindo coisas novas. Tem muitas coisas para eu aprender, vivenciar e colaborar. Aliás, todos nós podemos fazer isso. Atitudes que às vezes não dependem nem de dinheiro, como recolher um lixo poluente na rua, dar um sorriso a alguém na nossa volta, etc. Pequenos gestos já são grandes transformadores. Para o meu Especial de Final de Ano, por exemplo, conheci o trabalho da ZEG e trouxe eles para somarem conosco. Assim, toda energia utilizada na Alive foi ressignificada em energia limpa, sustentável.
Do Projeto Axé, tive o prazer de fazer uma doação de um show que realizei na Bahia, além de visitar o projeto e entender o quão importante ele é pra cidade de Salvador tirando crianças da rua. Já no Retratos da Esperança, fui apresentado pelo pessoal do Fraternidade Sem Fronteiras. Encontrei ali a realidade de uma comunidade na região de Canudos, na Bahia. Alguns grupos de pessoas sem casa e sem acesso a água. Me solidarizei com eles, por isso estamos auxiliando na construção de 15 casas e para que tenham acesso a água em suas residências.
Ter empatia pelo próximo, olhar fora do nosso conforto ajudando a transformar vidas proporcionando dignidade.
A ideia do Instituto nasce com objetivo de financiar projetos de enfrentamento à exclusão social fomentando o acesso a oportunidades, especialmente para jovens e mulheres em áreas vulneráveis, rurais e urbanas do Brasil. Eu convido você a visitar nosso site, www.institutoalok.org, onde todos poderão ter uma visão mais completa das ações que estamos apoiando e como o Instituto vai funcionar. Será um prazer contar com o apoio seu e de seus leitores.
Criamos esse fundo com recursos pessoais e também com os resultados financeiros da parceria com a Garena Free Fire (desenvolvedora de jogos) com a venda de acessórios do meu personagem dentro do jogo, que foi o jogo mobile mais baixado do mundo no primeiro semestre desse ano. Espero que esse seja só o começo e que a gente consiga contar com o apoio de outras pessoas, empresários e marcas. Quanto mais nos conectarmos, mais podemos fazer. Precisamos multiplicar todas ações que visam somar a quem mais precisa para que elas não durem apenas por períodos determinados, mas sim que sejam ações cada vez maiores e duradouras.
Sim, é o Alok Game Changer. Hoje fazemos frequentemente campeonatos e em um futuro próximo esse projeto ganhará um outro formato, maior, com mais alcance e objetivos.
Tenho muitos sonhos, estou engatinhando ainda. Quero que o Instituto Alok receba o apoio de outros parceiros e que a gente consiga ampliar seu alcance de ajudar milhares de pessoas. Quero ver o desenvolvimento da minha família, estar sempre presente para acompanhar o crescimento dos meus filhos.
Poderia ser algo normal e quase que natural e que as pessoas também fizessem o mesmo. Mas, às vezes elas não entendem o porque de doar tanto e toda hora. Não está ligado ao ego, mas sim em ter a convicção de que eu posso fazer algo pelas pessoas além do meu conforto. Que a satisfação em fazer isso e ver a felicidade dos outros é também a minha satisfação.
Será meu primeiro Natal como pai e eu estou muito feliz que a nossa filha poderá estar conosco, em nossos braços. Um sonho. Talvez seja um dos sonhos que faltou na pergunta anterior. Raika e Ravi estando em nossos braços no Natal já seria uma realização e tanto para gente nesse ano tão conturbado.
Espero que as pessoas realmente mudem e sejam mais empáticas. Entendam a posição do outro e passem a respeitar suas diferenças. Que aprendamos com 2020 e que deixemos pra trás qualquer sentimento que possa causar atritos. Que sejamos acima de tudo muito empáticos com a dor e necessidade do outro. Que estendamos mais a mão para quem precisa.