Luan Santana
Luan SantanaDivulgação
Por O Dia
O mundo piscou e o jovem garoto de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, que estourou com 'Meteoro da Paixão', em 2009, hoje completa 30 anos colecionando muitos hits ao longo de seus 13 anos de carreira. Em sua fase mais madura, Luan Santana já almeja novos desafios, como a carreira internacional. O cantor revelou à esta coluna com exclusividade que vem tendo aulas de espanhol para se aprimorar ainda mais enquanto desbrava o mercado latino.
Luan sonha casar, ter filhos e construir família. Atualmente solteiro, ele descreve o par ideal: "verdadeira, autêntica. Que seja na dela e que eu precise cantar. Seja mais difícil", adianta. Na entrevista abaixo, o sertanejo fala como tem feito para driblar a pandemia e também afirma que o isolamento social o possibilitou investir ainda mais em sua arte.
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Até ontem você era um garoto que andava estourado nas rádios e conquistando seu espaço na televisão. O mundo piscou e você está completando 30 anos e sendo um dos maiores nomes da música brasileira. Como você vê isso?
Fico muito feliz de ver que construí uma trajetória muito enriquecedora. Tudo que passei para chegar no estrelato com "Meteoro" e todas as outras histórias que contei ao longo desses 13 anos de carreira. Sonhos que realizei. Vejo o quanto sou grato ao meu público, ao reconhecimento de cada um... Eu amadureci na imagem e no som. É um processo natural. Parafraseando o Raul Seixas, a gente é um ser mutante, uma metamorfose ambulante. E me senti assim é gratificante. Me sinto na melhor fase da minha vida e da minha carreira.
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Afinal, você estar pronto para casar? E ser pai?
Sim. Pronto mesmo para dizer: 'sim'. Ser pai é o meu maior sonho. Mas não tenho pressa para nada. Sei que tudo acontece no tempo de Deus.
O que precisa uma pessoa para conquistar você?
Ser verdadeira, autêntica. Que seja na dela e que eu precise cantar. Seja mais difícil.
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Por que postar uma foto da Jade no Dia Internacional de Mulher?
Todas as mulheres que eu postei são mulheres que fazem parte da minha vida e deixei claro que cada uma representa outras tantas deste mundo. Mulheres fortes, importantes e que marcam meus dias e que representam e influenciam cada uma no seu papel.
Te incomoda os boatos sobre a sua sexualidade?
Hoje não mais. Mas imagine um guri, de 16 e 17 anos, tendo de enfrentar maldades. Surgiam comentários, mentiras... Falaram muita maldade de mim. Saíram boatos na imprensa, na TV, mas sempre por parte de profissionais sem credibilidade. A verdade sempre prevalece.
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Recentemente seus fãs tem comentado entre si sobre o fato de você ter lançado menos hits do que de costume. O que eles podem esperar para esse ano?
Estou totalmente focado na minha carreira, no trabalho com a nova gravadora, no foco nacional e internacional. Estou estudando espanhol. Estamos no processo de produção, composição... Em breve, vem muita coisa boa por ai!! O Luquinhas (Lucas Santos), que mora em Los Angeles, produz remotamente e o Gabriel Lolli, aqui do Brasil. Estamos fazendo um trabalho diferente diante da pandemia. Como juntar com muitos compositores ou músicos neste período? Se todos se conscientizarem, tudo acontece com segurança e no tempo certo.. Estou em estúdio direto, criei uma casa estúdio, na região de Alphaville.
A pandemia atrapalhou muito os artistas. Você chegou a suspender a banda para que eles pudessem receber seus direitos trabalhistas e contratar por show/live. Tem algum plano B além da música que tem te ajudado a driblar a crise da pandemia? Qual?
Tenho uma equipe unida e consciente de nossa união, pensamos juntos, temos profissionais em busca de captação comerciais para projetos - a maioria com ação social, como as que fiz no ano passado e arrecadamos toneladas de alimentos e material de higiene e limpeza. Mas, muito mais que isso, pude ter muito deles em causas importantíssimas pra mim, como a do Pantanal. Nada paga a minha gratidão por poder ajudar este local que eu amo e é um dos maiores biomas do mundo, por ajudar pessoas. Agora, no Dia Internacional da Mulher, lancei na minha rede social um novo movimento para ajudar àqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social. Trata-se do projeto Mães da Favela 2021'. Em 26 de abril do ano passado, fiz uma live em que arrecadamos mais de 400 toneladas de alimentos. Diante de tudo o que, infelizmente, está acontecendo novamente no Brasil, precisamos dar ainda mais voz à causa. Até 8 de maio, na véspera do Dia das Mães, faremos muitas ações para mobilizar. Estamos juntos com a CUFA, que está em 27 estados e atua em 5 mil favelas.
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Celso Athayde, da CUFA (Central Única das Favelas) fala do projeto
O Luan faz parte desde o início e, depois, muitas empresas passaram a nos ajudar. O nosso movimento é o único que a UNESCO reconhece na pandemia. Agora, novamente, vimos juntos (nós e o Luan) a necessidade de continuar e ampliar o projeto.
 
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Muito se falou em carreira internacional do Luan. Não acha arriscado investir nisso agora, no meio de uma pandemia? O que já há de concreto sobre isso?
A pandemia veio e intensificou essa vontade que eu já tinha. Estou compensando este período sem shows, viagens, para produzir, pesquisar muito. Tem sido uma fase de renovação pra mim. Principalmente a fase de composição e produção. Tenho aproveitado a pandemia para me dedicar a produção de músicas. Agora, com o contrato com a Sony Music, tenho me dedicado cada vez mais a esse novo passo que pretendo dar em minha carreira. Praticamente estou morando na minha casa estúdio, gravando, compondo e produzindo... A arte é que nos move. Tenho vivido um período de tudo ao mesmo tempo agora. Esta é a máxima. Creio que nesta fase de pandemia, neste momento tão sensível pelo qual passa a humanidade, a gente fica com a mente pensando em tantas coisas... É como fala naquela música de Zeca Baleiro: "eu me sinto tão a flor da pele" , que todo assunto me toca a alma. A criatividade vem à tona. Einstein dizia que é na crise e nos momentos de adversidades que aflora o melhor de cada um, assim creio que a criatividade vem à tona. Ele dizia: "Não, pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar 'superado'... Sem crise não há desafios; sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um...". Deve ser um sentimento coletivo o que sinto. Então, a criação me ajuda. O fazer movimento em parceria com ONGS, como SOS Pantanal e CUFA, me impulsiona.
Não pensa em fazer mais lives show?
Sim. Breve teremos muitas novidades.
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Com a saída de Simone e Simaria do 'The Voice Kids', você toparia assumir a cadeira do programa? Toparia participar de outro reality? E de uma novela?
Nunca houve convite nem do The Voice Kids, nem das novelas.
Qual foi o melhor momento nesses 13 anos de carreira? E o pior?
A primeira vez que ouvi a minha música na rádio e fui a um programa de TV (que, coincidentemente, foi o da Hebe) e que nascemos no mesmo mês com diferença de 5 dias. Este ano ela completaria, se tivesse viva, 92 anos. A primeira vez que as pessoas me pararam em um lugar me reconhecendo como famoso e todas as vezes que subo no palco. Mesmo em 13 anos, cada show é uma nova emoção, é diferente. E cada cidade, país, estado tem sua peculiaridade. Pior momento é o que todos vivemos agora: ficar longe dos palcos e dos fãs.
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O que tira Luan Santana do sério?
Mentiras e injustiças. Também não gosto de pessoas que tratam mal a outras. Sou da paz!
Tem algumas músicas ao longo desses 13 anos que não deram para você e você gostaria de ter gravado?Acho que os compositores foram generosos comigo. Gravei todas que me atingiram o coração do público.
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