Ricardo Corte RealDivulgação

Por O Dia
Quem está na faixa dos 40 anos vai lembrar de Ricardo Côrte Real. Na década de 90, ele apresentou o 'Supermarket', na Band. No programa, famílias entravam com um carrinho num mercado e levavam para casa tudo o que conseguissem pegar durante o tempo estipulado. Saudosa, esta colunista foi atrás de Ricardo para um papo rápido que você confere agora.
Seu programa até hoje é referência para outros da atualidade. O Celso Portiolli tem um quadro muito parecido com o Supermarket no programa dele de domingo. Como você vê isso?
Já ouvi falar desse quadro mas ainda não assisti, então não posso comentar. Gosto do Celso Portiolli. Ele deve estar fazendo direitinho. Vejo isso como um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido durante 5 anos e 1.276 programas na Band.
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O seu horário na Band era dedicado à família. O que aconteceu para ter essa virada tão grande e passar a ser o horário do mundo cão nas emissoras?
O que aconteceu foi que as TVs abertas perderam parte da audiência das classes A e B com a expansão das TVs por assinatura, e passaram a priorizar programas populares com maior audiência nas classes C/D.
Acha que o público anda carente de programas voltados para a família?
Não sei dizer, mas acredito que com a grande quantidade de programas atualmente no ar, o problema do público não é carência e sim a abundância de programas de todos os tipos.
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Acha que o 'Supermarket' como era original ainda faria sucesso nas tardes da TV brasileira?
Acho que sim.
Ainda te reconhecem na rua? Qual a reação das pessoas?
Sim, principalmente pessoas que eram crianças e adolescentes na época e que hoje estão na faixa dos 30, 40 anos. A reação é ótima, sempre carinhosa. O que mais ouço é "você fez parte da minha infância", "queria muito ter participado", "por que não volta?".
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O que você anda fazendo?
Estou terminando a produção de um documentário sobre meu pai, o humorista Renato Côrte Real e esperando a liberação de lugares para poder tocar minha guitarra e fazer shows. Também tenho alguns trabalhos que foram interrompidos como as apresentações da peça 'Colegas no Teatro' e a filmagem de um longa metragem baseado na peça 'Maldito Benefício'.
Tem vontade de voltar à TV? Voltaria se recebesse alguma proposta?
Sim, dependendo da proposta voltaria à televisão com prazer.
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Tem algum projeto em mente para retornar à telinha?
Tenho a série 'Máximo e Confúcio' que foi veiculada na TV Cultura. Infelizmente a segunda temporada foi suspensa por falta de financiamento da Ancine. Quero continuá-la. Também penso em fazer algo na área humorística e musical, mas não está formatado ainda.
Deu para fazer amigos na TV? Fala com alguém até hoje?
Sim, graças a Deus conheci pessoas maravilhosas durante minha carreira e tenho várias que são minhas amigas para sempre.
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Por que o seu programa saiu do ar?
Essa pergunta tem que ser feita para a direção da Band. O que eu sei é que a Unilever, a maior patrocinadora do programa, cancelou o patrocínio depois da Copa de 1998.
Você gosta de mercado? Vai ao mercado ou pede, tipo delivery?
Vou pelo menos uma vez por semana ao supermercado e ao sacolão.
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Como está se cuidando em tempos de pandemia?
Tenho me comportado bem. Graças à minha mulher virei vegetariano e estou me sentindo muito bem. Emagreci 8 quilos em seis meses. Parei de jogar tênis por pouco tempo nos primeiros meses, mas retomei e jogo pelo menos três vezes por semana. Tenho aprendido a lidar com a internet e estou com vontade de fazer umas lives em breve.
O que você assiste na TV atualmente?
Na TV aberta estou com a TV Cultura, principalmente o 'Jornal da Cultura', 'Provocações', 'Roda Viva' e 'Manhattan Conection'. Nas TVs por assinatura assisto Globo News, SportTV, GNT, Arte1, BIS, Canal Brasil e Curtas. E Netflix e Youtube.
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Do que você não tem saudade na TV?
De algumas pessoas que acreditavam que televisão não se fazia com educação e que não respeitavam os colegas.