Netinho de PaulaReprodução Instagram

O analista José de Jesus Oliveira contou à coluna que prestou serviço por nove anos ao apresentador Netinho de Paula, ex-integrante do grupo Negritude Jr., dando aulas de informática, fotografia e educação física para os estudantes do Instituto Casa da Gente, em São Paulo. No entanto, pela não existência de vínculo empregatício ao longo desse período, acabou movendo uma ação em 2011. "Recebia em atraso, mas recebia. Só que um dos motivos que me levaram à justiça foi o fato de não ter sido registrado. Fizeram isso somente depois, e até agora não recebi nada", disse, referindo-se aos R$ 66 mil (com as devidas correções) a que afirma ter direito.
JJ, como é conhecido, também destacou que sua intenção não era chegar aos extremos e que tinha admiração pelo ex-chefe. "Neto nunca me procurou, nem tentou acordo. Eu, sim, muitas vezes. Estava aberto a isso. Já tive a oportunidade de encontrá-lo em reunião, e ele sequer veio me cumprimentar. Só para vocês terem ideia, quando faltava água lá no instituto, ia até a minha casa, enchia o galão e voltava. Cansei de levar bolacha para os alunos terem o que comer na hora do lanche e de conduzir as crianças que passavam mal para os postos de saúde. Talvez isso não tenha chegado ao conhecimento dele, mas, ao da coordenação, tenho certeza que sim", desabafou.

Por causa da pandemia do coronavírus, do valor da locação de seu 'apertamento', como fez questão de destacar, do sustento de seu filho de 14 anos e de outras privações, José está lutando para ter acesso ao montante que lhe corresponde. "A diretora de lá chegou a me oferecer R$ 2 mil. Recusei, é claro. Moro de aluguel, sou pai solteiro graças a ele também, porque acreditei e me doei ao projeto, mas minha esposa não acreditava. Infelizmente, o Neto anda se esquivando. É um cara que tem patrimônios para a vida inteira e não quer pagar meu processo. É isso que corta o coração. Trabalhei e quero receber", pontuou.
Procurada, a equipe de Netinho de Paula informou que, "de 1999 a 2021, foram mais de dois mil professores e funcionários que passaram pelo Instituto. O passivo trabalhista existente, assim como toda grande empresa, é tratado na justiça do trabalho, inclusive em segredo de Justiça".