Taís AraújoReprodução Instagram/ @aninhamonteiro e @yurisardenberg

O 'THE MASKED SINGER' foi a grande sacada da Globo em termo de programas inéditos este ano. O figurino é lindo, Ivete Sangalo é ótima apresentadora... Mas os jurados - que tentam adivinhar quem são os cantores mascarados - formam uma atração à parte. A coluna entrevista hoje a divertidíssima Taís Araújo: aquela que brinca, que ri, que comete gafe e que diverte o público em casa. Na conversa, claro, ela fala sobre o programa, seu casamento com Lázaro Ramos, inseguranças e diz que sonha fazer Tieta, papel dado a Beth Faria na novela, em 1989.
Você disse recentemente que estava se divertindo no 'The Masker Singer Brasil', mas o público também tem se divertido com as suas tiradas, suas gafes e sua espontaneidade. O que está achando dessa 'descoberta'?
Eu estou achando o máximo e sabe por que? Porque essa aí sou eu. Eu acho que as pessoas tem outra imagem de mim e já fizeram muitas imagens de mim. É até curioso. As pessoas te veem na televisão ou tem veem falando alguma coisas e acham que você é só aquilo. Mas, eu sou muitas coisas e acredito que todo mundo é assim. Muitas coisas ao mesmo tempo e eu estou gostando muito que as pessoas vejam que eu também sou aquela pessoa que está ali no 'The Masker Singer', que quer brincar, que sabe brincar, que dá gafes. Aliás, eu sou muito mais aquela pessoa ali do que quando falo sério.
A gente vê uns palpites bem doidos em algumas apresentações. Não dá mesmo para tentar adivinhar quem está por trás da fantasia ou tudo aquilo ali faz parte do jogo?
Claro que existem participantes que nós desconfiamos. Tem uma pessoa ali que eu sei desde o início. Mas, eu gosto de zoar também (risos). A direção não fala, mas eu gosto de zoar e se isso não acontece, perde a graça. A graça é você achar que é uma pessoa, depois pode ser outra e isso acaba dando uma confundida nas pessoas. Eu gosto de dar uma zoada. O meu raciocínio naquele programa é o mesmo de eu estar em casa brincando de mímica com a família. É o mesmíssimo.
Você acha que o Lázaro participaria do programa? Você seria capaz de descobrir ele em qualquer fantasia?
O Lázaro é capaz de muitas coisas e eu acho que ele seria capaz de participar e eu seria capaz de não descobrir que era ele porque eu sou muito ruim. Dá para ver, gente, que eu sou muito ruim nesse jogo. Dá para ver? Se não dá, eu estou falando. Eu sou muito ruim, muito dispersa porque eu presto a atenção em tudo e menos na voz da pessoa porque é muita luz, muita beleza, muitas músicas que eu gosto de ver e quando eu vejo nem liguei para a voz da pessoa.
Pesa ser uma referência? Pesa você e Lázaro formarem um casal considerado 'modelo'?
Não. Não pesa, não. Acho bom e fico muito orgulhosa, sabe? Não é peso. Eu vejo como uma responsabilidade e é uma responsabilidade muito boa. Eu e o Lázaro não formamos um casal modelo. Talvez, as pessoas nos enxerguem como um casal modelo, mas nós formamos um casal normal. De modelo, nós não temos nada. Imagina! Existe casal modelo? Modelo de que? Nós somos um casal que estamos casados há 17 anos, eu me casei no mês de setembro, temos dois filhos, alguns perrengues e muitas vitórias. Nós só somos um casal. Eu entendo as pessoas idealizarem, mas nós somos só um casal, que vive junto há 17 anos com altos e baixos.
Dá para acompanhar o pique do Lázaro? Ele é um workaholic?
A pergunta aí é quem acompanha quem porque eu também sou e a gente precisa buscar esse equilíbrio. Mas a gente tem conseguido. É porque o Lázaro trabalha de madrugada, escreve de madrugada e eu não. Eu sou do dia. Me manda trabalhar de noite que não vai prestar.
O que você faz ou gostaria de fazer que ninguém desconfia e seria uma grande surpresa?
Acho que ser uma empresária e eu estou batalhando. Eu sou a minha empresária já tem dois anos e eu estou muito feliz com esse lugar. Montei a Hot Mama, uma marca, e quero ser essa empresária por trás dessa marca. Ah... eu gostaria de cantar, mas eu não sei.
Você está sempre envolvida em questões importantes como racismo, mulher, violência, política. Mas sempre de uma maneira respeitosa e sem atacar. Acha que o caminho é por aí? Acha que a classe artística precisa se posicionar?
Acho que o caminho é a política, sim, é a conversa, é o diálogo e é o respeito prioritariamente. Quanto à classe artística se posicionar, eu acho que é muito pessoal. Pra mim, não faz sentido ser uma artista e ter uma voz pública a ser ouvido e não me posicionar nas questões que são humanitárias e civilizatórias. Para mim não faz sentido ser artista dessa maneira, mas é uma questão absolutamente pessoal.
Você ganhou dinheiro com a boneca Taís Araújo? Tem uma guardada ou conhece alguém que tem uma?
Eu tenho sim uma boneca guardada. A minha filha brinca muito com essa boneca e se eu ganhei algum dinheiro com ela, ele já foi gasto e eu não me lembro.
Você disse que tinha neuras em mostrar o corpo em um vídeo. Mas a gente vê fotos lindas , glamourosas e sensuais. Você é vaidosa?
Eu tenho várias neuras. Short era uma coisa que eu não usava. Não usei short na minha adolescência porque tinha vergonha. Hoje, eu uso. Essas fotos que você vê é para uma campanha e tem sempre um tratamento. Se você for olhar o meu Instagram, por exemplo, eu não tenho esse tipo de foto. Tem uma foto que eu postei de bunda, que eu tirei e achei ótima. Postei e foi a primeira vez que achei a bunda ótima. Ah, comigo não tem isso de não comer. Não existe. Eu tenho uma alimentação saudável. Eu como muito bem e o que me dá uma licença para meter o pé na jaca quando eu quero. Eu não malho o dia inteiro. Eu procuro malhar uma hora por dia, na verdade. Estava há algumas semanas sem malhar, mas consegui e fiquei muito feliz.
Se tivesse que fazer um papel e um remake, qual você escolheria?
O meu sonho é fazer Tieta. Adoraria, adoraria fazer Tieta.
Taís Araújo é boa em ....
Trabalhar. Sou boa de trabalho
Taís Araújo é ruim em...
Esportes com bola. Sou péssima.
O que mais quer fazer quando acabar essa pandemia?
Eu quero ir em um pagode. De short, com bolsinha de ladinho, transpassada e de blusa regata. Tomar um bom drink e sambar com a galera.