Em uma mega ação trabalhista contra a TV Globo, que reúne pelo menos oito ex-câmeras do 'Big Brother Brasil', Boninho é acusado por seus ex-prestadores de serviço de assédio moral. Nos autos, os profissionais, que eram contratados por uma empresa terceirizada, alegam que eram submetidos a tratamentos humilhantes e grosseiros por parte do diretor.
Na ação, eles afirmam ainda que Boninho costumava gritar e ofender pessoalmente os trabalhadores, chegando "a agarrar um dos profissionais pelo casaco, pelo simples fato do mesmo ter pedido ajuda a um colega de trabalho para soltar a roda de sua câmera que ficou presa no cabo, o que o impedia de continuar circulando no trilho no qual as câmeras se movimentam dentro do Câmera Cross (corredor onde ficam localizadas todas as câmeras ocultas da casa)". Eles alegam que a situação foi vivida por outro câmera, que também teria sido agarrado pelo casaco pelo diretor, que supostamente o sacudia e o ofendia aos berros.
Além das acusações de assédio moral, os profissionais citam as condições de trabalho as quais eram submetidos dentro do corredor Câmera Cross. "Eram submetidos a péssimas condições de higiene e de trabalho, pois tinham que trabalhar nove horas seguidas, em um corredor estreito e escuro, sem qualquer condição de higiene".
Declararam também que "constantemente se deparavam com ratos, morcegos, ouriços, gambás, aranhas, marimbondos e cobras, sendo que um dos reclamantes chegou a ser picado por uma aranha". Há, ainda, relatos sobre "as portas de emergência serem trancadas, o que inviabilizava eventual fuga do ambiente, sendo que eles trabalhavam próximos a bolos de fios, alguns desencampados, o que aumentava o risco ao qual eram submetidos".
Em sua contestação, a TV Globo nega veementemente todas as acusações. "As alegações da inicial são completamente inverídicas. Os reclamantes jamais sofreram qualquer tipo de humilhação por parte do diretor e, muito menos, foram submetidos a condições de trabalho inóspitas. Enfim, a inicial é repleta de inverdades", diz um trecho do documento.
A Globo pediu a extinção da ação, alegando, entre outras coisas, que os ex-funcionários não atribuíram valor aos pedidos realizados na petição inicial, tendo colocado apenas uma estimativa individual para acordo, além de prescrição da extinção dos contratos trabalhistas. Os advogados da emissora disseram, ainda, que os vídeos apresentados pelos profissionais na Justiça - que mostram as condições insalubres do então local de trabalho - podem ter sofrido manipulações através de edições.
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