O Evangelho deste domingo diz respeito a um ponto central e que caracteriza a vida cristã: o amor pelos inimigos. Jesus sabe muito bem que amar os inimigos vai além das nossas possibilidades, mas foi por esta razão que se fez homem: para nos transformar em pessoas capazes de um amor maior.
Jesus quer que em cada coração o amor de Deus triunfe sobre o ódio e o rancor. Graças ao seu amor, ao seu espírito, podemos amar também aqueles que não nos amam, até quando nos ofendem. 
Mas como é possível superar o instinto humano e evitar a retaliação? A resposta é dada por Jesus na mesma página evangélica: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”. Quem escuta Jesus, quem se esforça para o seguir, se torna filho de Deus e começa a se assemelhar ao Pai que está nos céus.
Quando abrimos o nosso coração à misericórdia, e selamos o perdão com um abraço fraterno, nós mostramos ao mundo que é possível vencer o mal com o bem.
Não há nada maior e mais fecundo que o amor. Ele confere à pessoa toda a sua dignidade, enquanto o ódio e a vingança deturpam a beleza da criatura feita à imagem de Deus.
Às vezes recordamos mais facilmente as injustiças que nos fizeram e os males dos quais fomos vítimas e não as coisas boas. O Papa Francisco chama essas pessoas de “colecionadores de injustiças” e mostra que esse não é o caminho.
Que a Virgem Maria nos ajude a ser capazes de fazer o bem sem recompensa, testemunhando em toda parte a vitória do amor.