A paternidade e a maternidade convidam a serem progenitores para dar aos filhos a alegria de se descobrirem filhos de Deus, filhos de um Pai que os amou desde o primeiro instante
Por ocasião do “Ano da Família Amoris lætitia”, o Papa Francisco escreveu uma mensagem para os casais que ecoou no mundo inteiro. Como estamos iniciando mais um ano com tantas incertezas impostas pela pandemia, gostaria de compartilhar alguns ensinamentos do Papa que nos fazem pensar não apenas no bem da nossa própria família, mas também no bem da sociedade, que depende igualmente do nosso comportamento pessoal.
As diferentes situações da vida – a idade que vai passando, a chegada dos filhos, o trabalho, as doenças – são circunstâncias em que o compromisso mutuamente assumido pelo casal obriga cada um a abandonar a própria inércia, as certezas, os espaços de tranquilidade para sair rumo à terra que Deus promete: ser dois em Cristo.
A vocação ao casamento é um chamado para guiar um barco instável – mas seguro, pela realidade do sacramento – em mar às vezes agitado. Não esqueçamos que, graças ao sacramento do Matrimônio, Jesus está presente neste barco; permanece junto a todo o momento, no sobe e desce do barco agitado pelas águas.
É importante que, juntos, o casal mantenha o olhar fixo em Jesus. Só assim serão capazes de superar os conflitos e encontrar soluções para os problemas. Aos pais, o Papa alerta que os filhos – especialmente os mais novos– os observam com atenção e procuram neles o testemunho de um amor forte e fidedigno. Os filhos são um dom, mudam a história de cada família. Têm sede de amor, reconhecimento, estima e confiança.
A paternidade e a maternidade convidam a serem progenitores para dar aos filhos a alegria de se descobrirem filhos de Deus, filhos de um Pai que os amou desde o primeiro instante. Esta descoberta revela aos filhos a fé e a capacidade de confiar em Deus. Claro, educar os filhos não é nada fácil. O primeiro ambiente educativo continua sempre a ser a família, nos pequenos gestos que são mais eloquentes do que as palavras.
Educar é, antes de tudo, acompanhar os processos de crescimento, estar presente de várias formas para que os filhos possam contar com os pais em cada momento. Desejo que São José inspire todas as famílias a coragem criativa, tão necessária nesta mudança de época que estamos a viver. As dificuldades da vida não podem roubar a alegria daqueles que sabem que estão a caminhar com o Senhor.
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