No Evangelho de hoje, a narração dos Magos que foram do Oriente a Belém para adorar o Messias confere à festa da Epifania um alcance de universalidade. E este é o alcance da Igreja, a qual deseja que todos os povos da terra possam encontrar Jesus e fazer a experiência do seu amor.
A atitude dos Magos tem muito a nos dizer. Vindos do Oriente, eles representam todos os povos distantes da fé judaica tradicional. E, no entanto, se deixam guiar pela estrela e enfrentam uma viagem longa e perigosa para alcançar a meta e conhecer a verdade. Os Magos estavam abertos à “novidade”, e a eles se revela a maior e mais surpreendente novidade da história: Deus que se fez homem.
Os Magos ajoelham diante de Jesus e lhe oferecem dons simbólicos: ouro, incenso e mirra, porque a busca do Senhor implica não só na perseverança do caminho, mas também a generosidade do coração. E finalmente voltaram para a sua terra por “outro caminho”. Cada vez que um homem ou uma mulher encontra Jesus, muda de caminho, passa a viver de maneira diferente, volta renovado.
Os Magos retornaram levando o mistério daquele Rei humilde e pobre; nós podemos imaginar que contaram a todos a experiência vivida: a salvação oferecida por Deus em Cristo é para todos, próximos e distantes. Hoje, nós podemos fazer um pouco de silêncio em nosso coração e nos deixar iluminar pela luz de Jesus que provém de Belém. Não permitamos que os nossos receios fechem o nosso coração, mas tenhamos a coragem de nos abrirmos a esta luz.
Que a Virgem Maria nos ampare neste caminho, estrela que nos conduz a Jesus, e mãe que mostra Jesus aos Magos e a todos aqueles que se aproximam dela! Desejo a todos um feliz 2022 iluminados pela luz de Jesus.
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