O Papa Francisco instituiu que de 1⁰ de setembro até o dia 4 de outubro, será um tempo especial de oração pela criação. Somos chamados a praticar uma espiritualidade ecológica, atenta à presença de Deus no mundo natural. É um convite a aprofundar a nossa espiritualidade na consciência amorosa de não estar separado das outras criaturas, mas de formar com os outros seres do universo uma comunhão universal.
Assim como São Francisco de Assis, devemos louvar a criação cantando “louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criatura”. Esta canção doce, infelizmente é acompanhada por um grito amargo da mãe Terra que sofre com os nossos excessos consumistas. Depois gritam as diversas criaturas.
Mas gritam também os mais pobres. Expostos à crise climática, sofrem mais severamente o impacto de secas, inundações, e calor que se estão cada vez mais intensas e frequentes. Enfim gritam as gerações mais novas. Ameaçados por um egoísmo míope, os adolescentes nos pedem ansiosamente que façamos todo o possível para prevenir ou pelo menos limitar o colapso dos ecossistemas do nosso planeta.
Escutando estes gritos amargos, devemos nos arrepender e mudar o estilo de vida. O estado de degrado da nossa casa comum merece a mesma atenção que outros desafios globais. Como pessoas de fé, nos sentimos ainda mais responsáveis por adotar comportamentos diários de conversão.
Mas esta não é apenas individual: a conversão ecológica, que se requer para criar um dinamismo de mudança duradoura, é também uma conversão comunitária. O futuro depende de todos nós que habitamos a casa comum.
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