Já perceberam que em tempos difíceis as pessoas ficam cada vez mais duras e críticas? Sabemos que é mais fácil ver e condenar os defeitos e os pecados alheios, sem conseguir ver os próprios com a mesma lucidez. Escondemos sempre os nossos defeitos, inclusive de nós.
Caímos na tentação de sermos indulgentes conosco — benevolente consigo — e duros com os outros. Claro que é útil ajudar o próximo com conselhos sábios, mas quando observamos e corrigimos os defeitos do outro, devemos estar cientes que também nós temos defeitos.
Se penso que não os tenho, não posso condenar e nem corrigir os outros. Todos temos defeitos: todos. Devemos estar cientes disto e, antes de condenar o outro, devemos olhar para dentro de nós. Assim, podemos agir de modo credível, com humildade e caridade. Diversas vezes Jesus nos ensinou a não julgar o próximo. Por isso, devemos fazer um exame de consciência e perceber se o que nos incomoda no outro não é fruto do que nós mesmos plantamos?
Jesus nos disse que “não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore se conhece pelo seu fruto”. Os frutos são as ações, mas também as palavras. Das palavras se conhece a qualidade da árvore. De fato, quem é bom consegue extrair do seu coração e da sua boca o bem, quem é mau extrai o mal, praticando a famosa fofoca! Ou seja, falar mal dos outros. E isto pode destruir.
Pela língua começam as guerras. Pensemos neste ensinamento de Jesus e façamos uma pergunta: para mim é mais fácil ver os defeitos dos outros do que os meus? Procuremos nos corrigir, pelo menos um pouco.
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