Ao invés de bebês, mudas para replantio no entorno do complexo lagunar de Jacarepaguá. Enquanto isso, técnicos lutam para retirar o lixo jogado na região
Berçário de mudas - Foto de divulgação de Mário Moscatelli
Berçário de mudasFoto de divulgação de Mário Moscatelli
Um berçário diferente. No lugar de bebês, são 40 mil mudas da espécie Mangue Vermelho. Ao invés de médicos e enfermeiros, são técnicos da equipe supervisionada pelo ambientalista Mário Moscatelli. A previsão é de que deixem a incubadora e ganhem vida independente já no ano que vem. É quando começa o programa de plantio no entorno do complexo lagunar de Jacarepaguá. As primeiras já estão destinadas para a recuperação da Lagoa do Camorim. A vegetação vai ajudar a recuperar o corredor ecológico que se estende desde o Maciço da Tijuca até a Pedra Branca. Este trecho foi escolhido por ser um dos mais procurados por diversas espécies de animais para alimentação e reprodução.
Tem de tudo entre o lixo recolhido nas lagoas
A situação crítica da região não é novidade para ninguém. Mas mesmo assim, a quantidade de poluição sólida retirada vem surpreendendo até mesmo os experientes técnicos contratados pela concessionária. Só num trecho de 4 Km do espelho de água da Lagoa de Camorim foram recolhidas 45 toneladas de lixo. Vai de embalagens plásticas e fraudas descartáveis até ventiladores, sofás, pneus e animais mortos.
O projeto de recuperação do complexo lagunar é avaliado em R$ 250 milhões. É financiado pela Iguá como parte das contrapartidas pela concessão do serviço de abastecimento de água e tratamento de esgoto de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca.
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