O típico calorão do Rio de Janeiro, o maior tempo em casa como efeito do home office e do trabalho híbrido pós pandemia, aliado ao aumento das tarifas de energia. Essa combinação vem provocando um verdadeiro rombo no orçamento dos moradores do estado. E nem adianta a chegada da frente fria para dar um refresco nas despesas. É que logo após o ar-condicionado, principal vilão, vem o chuveiro elétrico.
O último aumento concedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, incidiu sobre uma tarifa já considerada muito alta pelos consumidores e que ainda pode ser acrescida de bandeiras tarifárias referentes a compensações pela queda do nível dos reservatórios e pela escassez de oferta de energia.
Esse aumento entrou em vigou em meados de março e ainda está sendo assimilado pelos moradores do estado. Foi de 15,53% para os clientes residenciais da Light, que atende 4,5 milhões de residências da capital, parte da Baixada Fluminense e interior. Para os atendidos pela Anel foi de 17,39% impactando os residentes de Niterói, da Região dos Lagos e Norte Fluminense.
Indústrias também sofrem
Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, referente ao início do ano, o parque industrial fluminense já sofria com a tarifa mais alta de eletricidade de todo o país na comparação com os outros 25 Estados e o Distrito Federal. A média paga pelos empresários aqui era 46% superior à nacional.
Corrida por alternativas
Como fuga, muitos estão apelando para a fotovoltaica, afinal, sol é o que não falta por aqui. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar, o estado ocupa a 7ª posição, correspondendo a 4,17% do consumo nacional dessa matriz energética.
No ano passado, a maior fintech neste segmento, a “Meu Financiamento Solar” registrou um aumento de 220% na aquisição das placas e equipamentos fotovoltaicos e de 256% no volume de financiamentos para sua implantação. E para fechar este ano estimam gerar 1 bilhão de reais por mês em negócios no segmento. "Concedemos créditos de até meio milhão de reais para pessoas físicas e até 3 milhões de reais para empresas, com a facilidade de pagamento em até 7 anos", afirma Iasmym Jorge, gerente comercial da plataforma vinculada ao Banco BV. Sugestões para a Coluna pelo e-mail: pautasresponsaveis@gmail.com Twitter: https://twitter.com/ColunaLuiz
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