Já o valor do metro quadrado de venda residencial apresentou ligeira alta em junho de 1,3% chegando a R$ 8.667. Em maio, o valor do metro quadrado ficou em R$ 8.554. “Houve uma queda no valor do metro quadrado em abril (R$ 8.552). E maio começou com um viés de subida, mostrando que o mercado está se recuperando”, afirma Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio.
No quesito oferta de imóveis para alugar, houve queda entre os meses de março e abril, com 14.442 unidades contra 12.298, respectivamente, ou seja, retração de 14,8%. Em maio, há uma pequena melhora com 12.370 unidades disponíveis para locação e o cenário um pouco menos negativo também já foi percebido em junho com 13.164 imóveis para alugar, crescimento de 6,4%. "Ïsso mostra que no primeiro momento da pandemia os proprietários de imóveis preferiram não colocar seus imóveis para alugar por conta das incertezas, que mostravam possíveis inadimplências, negociações e até mesmo ações na justiça para pagar o mínimo possível. Mas com a pesquisa percebemos que os proprietários estão voltando ao mercado com seus imóveis para alugar", analisa Schneider.
Outro estudo, desta vez da proptech inGaia, mostra os impactos da pandemia no mercado de imóveis usados. De acordo com o levantamento, o número de visitas a sites de imobiliárias teve recuperação de 8% em maio, com 504 mil visitas a mais do que abril, quando as consultas pela internet sofreram declínio de 3% em comparação com o mês anterior.
O número de propostas realizadas em maio apresentou aumento de 39% em comparação com abril quando as propostas tiveram queda de 38%. “O índice de propostas vem se recuperando e em abril esteve superior à média semanal de visitas concluídas, o que demonstra que os clientes estão utilizando as soluções tecnológicas para conhecer e evoluir para um possível fechamento de negócios”, afirma José Eduardo Andrade Junior, CEO da inGaia.
Nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Rio Grande do Sul, Rondônia, Espírito Santo, Mato Grosso e Distrito Federal foram registradas em maio recuperações de mais de 50% no total de visitas presenciais em relação a abril. No Ceará e Pernambuco, estados em que houve lockdown, os índices continuaram em queda no mês.
Para o presidente da inGaia, Mickael Malka, diante do momento de variação e incerteza, é imprescindível que os profissionais do setor utilizem plataformas tecnológicas que desburocratizem e agilizem processos. Entre elas estão visita online por meio dos sites das imobiliárias, videoconferências e tour virtual, além de oferecer alternativas como visitas físicas mais seguras (cumprindo as medidas preventivas recomendadas pelos órgãos de saúde). “Além do uso das ferramentas, empresas e corretores têm oferecido para os seus futuros compradores máscaras, álcool gel e proteção para os sapatos em visitas presenciais. Entendemos que o serviço diferenciado irá definir os profissionais vencedores nessa crise”, complementa Malka.