Vista aérea do condomínio de lotes, da Start, que será lançado no Recreio dos Bandeirantes. Terrenos a partir de R$ 360 mil com financiamento direto com a construtora - Divulgação
Vista aérea do condomínio de lotes, da Start, que será lançado no Recreio dos Bandeirantes. Terrenos a partir de R$ 360 mil com financiamento direto com a construtoraDivulgação
Por Cristiane Campos
A compra de terrenos para a construção de casas que serão colocadas à venda tem se mostrado um bom caminho para pequenos construtores. A Fernandes Araujo, por exemplo, registrou de janeiro até maio alta de 85% na venda de terrenos para este público na comparação com o mesmo período de 2019. “Esse movimento vem acontecendo desde o final das Olimpíadas de 2016, pois muitos arquitetos e engenheiros que perderam seus empregos após os jogos, encontraram uma forma de voltar ao mercado investindo em terreno para a construção de casas para vender”, observa Flavia Katz, gerente de Marketing da empresa.

Segundo Flavia, os lotes legalizados da empresa ficam em Campo Grande e têm preços a partir de R$ 70 mil. “O financiamento é direto conosco em até 120 meses, e com entrada a partir de 15%”, conta. Para a executiva, investir em terrenos pode ser uma boa opção para quem tem dinheiro guardado e está em busca de uma alternativa para investir no mercado imobiliário. “Podemos identificar dois perfis de pessoas que investem em terrenos: a da pessoa que compra para construir a própria casa (cliente final), dentro da sua capacidade financeira, ou o perfil dos pequenos construtores que adquirem o terreno para transformá-lo em um produto, ou seja, numa casa que será colocada à venda. Na Fernandes Araujo, os pequenos construtores são os que mais compram nossos terrenos”, diz Flávia.
Isolamento social impulsiona projetos no Recreio dos Bandeirantes e na Região Serrana
Casa construída no condomínio Terras Altas, da Concal, em Pedro do Rio, na Região Serrana.  O imóvel acaba de ser vendido por R$ 1,8 milhão
Casa construída no condomínio Terras Altas, da Concal, em Pedro do Rio, na Região Serrana. O imóvel acaba de ser vendido por R$ 1,8 milhãoDivulgação
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A Start Investimentos está fazendo os ajustes finais para lançar um condomínio de lotes com lazer completo, no Recreio dos Bandeirantes, numa área total de 354 mil metros quadrados, que correspondem ao bairro do Leblon. Serão 1.200 terrenos a partir de 180 metros quadrados com preços iniciais de R$ 360 mil e financiamento em 150 meses direto com a construtora. "Faremos o lançamento do Riviera do Recreio em quatro fases. É a casa que cabe no bolso. Com a pandemia, as famílias ficaram mais tempo em casa e, por isso, desenvolvimentos este projeto. São permitidas na região casas com até três andares, onde o terceiro é tradicionalmente o sótão, mas no nosso projeto o home office veio para ficar. Vamos oferecer de cortesia 10 projetos de casa de 220 metros quadrados, com quatro suítes, quarto de empregada, home office, piscina e duas vagas, além do lazer do condomínio e segurança 24 horas", adianta Eric Labes, diretor da Start, que comemora as 200 reservas. As vendas serão exclusivas da Sawala Imobiliária. O Valor Geral de Vendas (VGV) está estimado em R$ 400 milhões.

Na Concal, a venda de terrenos também está em alta, só que desta vez para pessoas interessadas em construir a casa para veraneio e até para morar. Os lotes, com valores a partir de R$ 450 mil, estão localizados no condomínio Terras Altas, em Pedro do Rio, em Petrópolis, Região Serrana. “Esse movimento reforça a preferência pela Região Serrana, principalmente durante a pandemia. Pessoas que alugaram casas na região no início do isolamento, agora estão comprando os lotes para construção com projetos dos renomados arquitetos Sergio Conde Caldas e Miguel Pinto Guimarães”, conta José Conde Caldas, presidente da empresa.
Segmento econômico puxou compra na pandemia
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Claudio Hermolin, presidente da Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário), contou à coluna que a procura por terrenos pelas construtoras continuou mesmo na pandemia, principalmente no segmento econômico. “Quando a gente olha para o segmento de médio e de alto padrão o cenário é um pouco diferente. São nichos que sentem mais em momentos de instabilidade porque, geralmente, são terrenos mais caros, bem localizados, mas, mesmo assim, vimos um movimento destes segmentos durante a pandemia”, analisa Hermolin. Ele reforça que não houve uma parada na procura por terrenos neste período delicado da pandemia, o que já é uma diferença em relação a outros momentos de crise. “O mercado nas crises mais recentes de 2015, 2016 e 2017 praticamente deu uma parada na compra de terrenos, o que não aconteceu na pandemia porque as empresas já estavam capitalizadas para fazer a aquisição, pode ter acontecido também uma oportunidade de negociar, de melhorar o preço. A positiva sinalização é que nessa pandemia o mercado imobiliário não deixou de comprar terrenos”, ressalta o presidente da Ademi-RJ.
Alphaville inaugura loja de conveniência 100% automatizada
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A Alphaville Urbanismo, loteadora de empreendimentos horizontais no país, acaba de inaugurar uma loja de conveniência 100% automatizada e sem funcionários, chamada Alpha Market, dentro do residencial Alphaville Dom Pedro 3, em São Paulo. A iniciativa faz parte da parceria com a Onii, empresa que oferece lojas autosserviço para condomínios e empresas. O modelo de negócio permite que os moradores comprem os produtos que precisam dentro do próprio residencial, sem precisar da ajuda de vendedores ou atendentes. A proposta é oferecer uma loja completa, com cerca de 600 produtos, tanto os de alto consumo como alimentos, bebidas, snacks, como itens de higiene, limpeza e laticínios.

A implementação, que já era pensada antes da pandemia com o intuito de oferecer comodidade aos moradores, foi antecipada para incentivar o cumprimento das medidas de distanciamento social. Segundo Ricardo Castello Branco, diretor Comercial da Alphaville Urbanismo, neste período em que se deve evitar ao máximo sair de casa, oferecer soluções práticas e seguras aos clientes têm sido prioridade. Outros residenciais da companhia já estudam adotar o modelo de loja de autosserviço, que veio para ficar.