Hidrômetros individuais e campanhas de conscientização sobre o uso da energia elétrica podem conter os gastos excessivosFreepik

Por Cristiane Campos
A sua conta de luz subiu? A de água é gás também? Pois o aumento tarifário destes serviços vem afetando o orçamento de muitas famílias. Para driblar esses efeitos, algumas atitudes podem ser adotadas pelos condomínios. Segundo Bruno Gouveia, coordenador da Cipa Síndica, entre elas estão consultorias, instalação de hidrômetros individuais e campanhas internas de conscientização do uso da energia elétrica.

“São ações simples, mas com efeito bastante positivo. Para tornar, por exemplo, o fornecimento de GLP mais eficiente e a um custo menor, nos conjuntos residenciais que administramos, fechamos uma parceria com a Consigaz. Ela nos fornece uma consultoria, sem custo algum para os condôminos, que pode gerar até 30% de desconto no valor final no consumo de gás”, afirma Gouveia.

Já com relação à conta de luz, que tende a aumentar ainda mais este ano por causa da crise hídrica vivida pelo país, o coordenador aponta que os condomínios devem estar cada vez mais atentos às exigências de autorizações e vistorias para evitar problemas que podem não apenas significar valores astronômicos nos boletos, como também colocar em risco a vida e o patrimônio dos moradores.

Dados da Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos da Eletricidade (Abracopel) apontam que, no ano passado, 54% dos incêndios ocorridos em casas ou apartamentos se deram por causa da sobrecarga no sistema elétrico. “A manutenção preventiva é a melhor solução nestes casos. Moradores e síndicos devem estar atentos a esta necessidade. Contratar empresas especializadas que façam este tipo de trabalho é bem mais seguro e pode evitar tanto o desperdício quanto um incidente bastante amargo para todos”, alerta.

Vale lembrar que, a partir deste ano, todas as novas edificações no país deverão contar com hidrômetros individuais nas suas unidades. A Lei Federal que permite o controle da água em cada apartamento (13.312/16) visa diminuir o desperdício e garantir maior autonomia no controle sobre o uso do recurso. “Muitas vezes, dividir em partes iguais a conta não é a forma mais justa de cobrança. Um condômino que busca economizar água acaba pagando pelo desperdício de um vizinho. Isso acaba gerando muita reclamação e dando muita dor de cabeça aos síndicos”, ressalta o coordenador da Cipa.

Crise hídrica abre espaço para energia solar

Entre as alternativas para minimizar o impacto ao consumidor, a energia solar ganha espaço no Brasil. Somente em 2020, a instalação de painéis solares cresceu 70%, gerando 7,5 gigawatts - quase metade da hidrelétrica de Itaipu. Tanto o comércio quanto casas estão optando pela instalação de placas de captação de energia solar para reduzir a conta de luz. Segundo especialistas, o investimento tende a ser alto, mas há alternativas que diluem esse valor em longo prazo, podendo trazer economias de até 30% no bolso.

Nesse sentido, startups têm surgido para tornar a energia solar mais acessível. Uma delas é a energytech Holu, marketplace que reúne parceiros instaladores e de equipamentos com orçamentos online pelo holu.com.br. Já a fintech Solfácil pode financiar até 100% de todo o processo, com carência de seis meses. Na prática, o usuário cota, instala e paga no período de seis anos, obtendo benefícios por até 30 anos.