Condomínios usam itens tecnológicos como biometria, tags para veículos, além de um completo sistema de monitoramento por câmerasFreepik

O percentual de roubos em residências vem crescendo desde o ano passado. Balanço do Instituto de Segurança Pública (ISP) revela que houve aumento de 83% no número desses casos registrados somente no Rio de Janeiro em comparação com 2020. Para tentar conter esse tipo de incidência, os condomínios vêm investindo em soluções tecnológicas para melhorar a segurança das unidades. Segundo o coordenador da Cipa Síndica, Bruno Gouveia, como essas ações de invasores estão cada vez mais ousadas, muitos síndicos e administradores têm contado com ferramentas como controle de acesso por biometria, tags para veículos, além de um completo sistema de monitoramento por câmeras, integrado com centrais de ponta com inteligência artificial.

Gouveia explica que este é um serviço essencial, mas que deve ser bem analisado antes de contratar, levando-se em conta as necessidades de cada condomínio e o seu tamanho. "É necessário estudar o local antes de investir em tecnologias desse porte e fazer uma análise minuciosa. O síndico deve estar atento aos custos para não comprometer o orçamento com algo que não esteja adequado ao condomínio. O quesito segurança é muito importante e devemos sempre buscar projetos visando a eficiência", orienta Gouveia.

O condomínio Bora Bora Hills, localizado na Zona Oeste do Rio, é um dos que investe pesado em tecnologia da segurança. O síndico Alexandre Santos de Almeida implementou um rígido sistema de acesso de pessoas e carros. "O custo é alto, mas é necessário e está dentro da nossa previsão orçamentária. Todos ficam mais tranquilos tendo um sistema de qualidade no que se refere à segurança", afirma Almeida.

O coordenador da Cipa Síndica alerta que nem todo sistema eficiente e seguro pode significar custo alto para os condomínios. De acordo com ele, dependendo da unidade não é necessária a instalação de determinados equipamentos. "Os valores variam de acordo com a tecnologia utilizada. Nem todos os condomínios necessitam adquirir todas as soluções existentes atualmente. O modelo de segurança deve seguir as especificações de cada local", conclui Gouveia.

Prédios ainda mais conectados

Para Sami Roumieh, CEO e fundador da GSC Segurança, as tecnologias, principalmente na área de segurança, têm sido popularizadas no mercado brasileiro nos últimos anos. Entre os exemplos está o equipamento de reconhecimento facial, tal como leitoras e câmeras, que antes mesmo da pandemia já vinha sendo muito recomendado em faculdades, laboratórios, hospitais, condomínios e empresas. "Com a pandemia se tornou ainda mais necessário esse tipo de tecnologia, pois além de evitar o contato nos leitores de biometria, por exemplo, o leitor de reconhecimento facial pode medir a temperatura do corpo, identificar indivíduos com ou sem máscara e controlar acesso de pessoas que não estão autorizadas a entrarem em determinado local. É um equipamento que promove a segurança física e também a sanitária", analisa o executivo da GSC.

De acordo com ele, houve uma procura por este tipo de tecnologia em vários segmentos como os das construtoras e de estabelecimentos para reforçar a segurança física e sanitária de todos. "Essa tecnologia está sendo muito popularizada na área condominial, residencial e comercial", ressalta Roumieh.