Um bloco 'pluripartidário' está sendo formado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para garantir que a presidência da Casa, no ano que vem, fique com um veterano. A ideia é afastar a possibilidade de deixar o PSL — partido que terá a maior bancada na Casa, com 14 deputados estreantes, como O DIA mostrou ontem.
André Ceciliano, do PT, que está interinamente no cargo; André Corrêa (DEM); e Márcio Pacheco (PSC) são os nomes cotados. Ceciliano já recebeu apoio de 33 parlamentares (entre antigos e novatos) de 11 partidos. Para ganhar o cargo são necessários 36 votos.
O receio em relação ao PSL deve-se a declarações de alguns eleitos da legenda, como Rodrigo Amorim, líder de votos nessa eleição (140 mil). Em um comício ao lado do candidato ao governo do Rio, Wilson Witzel, ele afirmou: "A gente vai varrer esses vagabundos. Acabou PSol, acabou PCdoB".
Na retaguarda, deputados de vários partidos, como DEM e MDB, ressaltam que a Alerj é "uma Casa democrática" e que serve a todos.
'A Casa é de diálogo e não de força'
Márcio Canella, do MDB, não poupou elogios a Ceciliano e disse que mais dois correligionários também votarão nele. "Ele conduziu muito bem a Alerj, é o mais preparado para isso. Mesmo sendo de partido diferente do meu, ele não discriminou partido nenhum", disse Canella, que acrescentou: "Vai varrer (a esquerda) como? Tem que ter muita vassoura. A Casa é de diálogo e não de força".
Malafaia: 'Cada partido tem sua representatividade'
Samuel Malafaia (DEM) manifestou preferência por Ceciliano, e destacou a sua administração: "Cada partido tem sua representatividade. Achamos que tem que ser alguém com experiência para continuar o trabalho", e Ceciliano fez uma boa gestão".