Servidores administrativos do Município do Rio estão mobilizados e reivindicam a criação de um PCCS  - Eduardo Barreto / Câmara dos Vereadores
Servidores administrativos do Município do Rio estão mobilizados e reivindicam a criação de um PCCS Eduardo Barreto / Câmara dos Vereadores
Por PALOMA SAVEDRA
Agentes administrativos da Prefeitura do Rio de Janeiro lotaram o salão nobre da Câmara dos Vereadores, nesta quarta-feira, e cobraram dos parlamentares uma atuação junto ao governo para que seja criado um Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) para a categoria. Os servidores foram recebidos pelo presidente da Casa, Jorge Felippe (MDB), e Rocal (PTB). 
Felippe sinalizou que vai fazer uma interlocução com a prefeitura. Mas lembrou a situação fiscal que o município vive hoje. O presidente do Legislativo acrescentou ainda que estudará com o Executivo as possibilidades para o próximo ano, inclusive tendo total atenção à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 
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São cerca de sete mil agentes administrativos, entre ativos e aposentados. Segundo um dos integrantes da comissão dos servidores, Evandro Pimenta, há mais de 10 anos que a classe cobra da prefeitura a implementação do PCCS. "A pauta foi levada aos últimos governos e ao atual governo, do prefeito Marcelo Crivella", disse ele.
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No entanto, agora, o Município do Rio vive um quadro financeiro complicado. Nos quatro primeiros meses de 2019, o município ultrapassou o limite prudencial de despesas com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os gastos com salários alcançaram 52,26% da receita corrente líquida, sendo que o teto é de é 51,30%.
Segundo Pimenta, a categoria tem consciência que o momento é complicado, mas acredita que esse é um cenário passageiro. "Entendemos que a situação financeira é delicada, mas o percentual de despesas vai cair e queremos a garantia de que seremos contemplados", afirmou.
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"A prefeitura tem cerca de 160 mil servidores e grande parte da máquina municipal funciona gracas a nossa categoria. Quem gera a folha de pagamentos, quem gera a infraestrutura são os servidores administrativos. Nenhuma licitação acontece sem a gente. Essa categoria está em todos os órgãos do município, não aparece para o público, mas é essencial para o funcionamento da máquina", argumentou Pimenta.