Gastos com pessoal ficaram acima do limite em cinco cidades fluminenses
Estudo da Firjan aponta que, em 2018, esses municípios apresentaram situação crítica nesse 'quesito'
Por PALOMA SAVEDRA
Cinco municípios do Estado do Rio de Janeiro descumprem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em relação aos gastos com pessoal. É o que aponta estudo divulgado nesta quinta-feira pela Firjan. Estão nessa situação Mangaratiba, Engenheiro Paulo de Frontin, Cachoeiras de Macacu, Itaguaí e Paraíba do Sul.
De acordo com o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), essas prefeituras comprometeram mais de 60% da receita corrente líquida com pagamento da folha salarial. E os gastos com a folha salarial de servidores estão entre os quatro indicadores que compõem o IFGF. Os outros são autonomia, investimentos e liquidez (recursos em caixa para pagar despesas em geral).
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Apesar de o levantamento mostrar que, de forma geral, as cidades do Rio de Janeiro comprometeram menos seus orçamentos com esse tipo de despesas obrigatórias na comparação com o país inteiro, o gerente de estudos econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, alerta que as prefeituras têm seus orçamentos congelados por esses gastos com a folha.
Goulart ressalta a necessidade de um planejamento financeiro. "É preciso rever esses gastos com pessoal para que o orçamento não fique engessado".
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Mangaratiba
A Prefeitura de Mangaratiba alegou que os dados apresentados no levantamento IFGF feito pela Firjan "não correspondem ao atual índice de gastos praticado pela prefeitura, que hoje encontra-se dentro do limite de gastos prudencial".
Informou ainda que "a atual administração assumiu o controle da gestão municipal apenas em 20 novembro de 2018 (após o resultado da eleição suplementar de 28 de outubro de 2018), e desde então, vem se esforçando para cumprir os parâmetros da Lei de Responsabilidade Fiscal e manter os índices abaixo do teto de gastos delimitado".
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Itaguaí
Em nota, a Prefeitura de Itaguaí afirmou que "desde 2017 vem trabalhando para reduzir o tamanho da folha de pagamento do município a fim de adequá-la à Lei de Responsabilidade Fiscal". "Em 2017, quando o prefeito Charlinho Busatto assumiu a Prefeitura, a folha de pagamento representava 84% do orçamento. Hoje, está em cerca de 60%, o que mostra uma redução significativa".
E acrescentou que o resultado do trabalho de recuperação financeira que está acontecendo no município é que desde o início do ano o pagamento do servidor está acontecendo dentro do próprio mês, sendo um dos poucos municípios do Rio a fazê-lo.
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Sem posicionamento
A Coluna solicitou o posicionamento das prefeituras de Engenheiro Paulo de Frontin, Cachoeiras de Macacu e Paraíba do Sul, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.
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Análise de cidades que apresentaram dados
O Índice Firjan de Gestão Fiscal avaliou o quadro financeiro de 5.337 cidades brasileiras em 2018. Entre as 92 prefeituras fluminenses, foram analisadas 79, já que 13 não prestaram contas à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) dentro do prazo, que acabou em 30 de abril deste ano.