Ministro da Economia, Paulo Guedes  - AFP
Ministro da Economia, Paulo Guedes AFP
Por O Dia
O Senado derrubou nesta quarta-feira o veto do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao reajuste de salários de servidores das áreas da saúde e da educação. Após o resultado da votação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que a decisão foi "um péssimo sinal" e que os senadores cometeram "um crime contra o país". Ele acredita que a Câmara dos Deputados pode reverter a medida - a Casa ainda tem que analisar o veto, o que ocorrerá nesta quinta-feira.
O congelamento de salários do funcionalismo de todo o país (municípios, estados e União), até o fim de 2021, foi uma condição colocada no pacote de socorro financeiro aos entes da federação para o combate à pandemia de covid-19.
Publicidade
"Colocamos muito recurso na crise da saúde e o Senado deu um sinal muito ruim permitindo que justamente recursos que foram para a crise da saúde possam se transformar em aumento de salário. Isso é um péssimo sinal. Temos que torcer para a Câmara conseguir segurar a situação", declarou Guedes após reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Segundo Guedes, a derrubada do veto representa o risco de perda de até R$ 120 bilhões. "Pegar dinheiro de saúde e permitir que se transforme em aumento de salário para o funcionalismo é um crime contra o país", disse.
Publicidade
O ministro defendeu que o veto pelo presidente Bolsonaro foi um "gesto de responsabilidade", com objetivo de garantir que os recursos liberados pelo pacote de ajuda aos estados e municípios sejam aplicados exclusivamente para o enfrentamento à pandemia. 

Com Agência Brasil