-
Por PALOMA SAVEDRA
Enquanto avança com tratativas mais ‘brandas’ com a União para a renovação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o governo do Rio também busca uma forma de conseguir recursos suficientes para pagar o funcionalismo no fim deste ano. Até o momento, o cenário é o mesmo do relatado pelo secretário de Fazenda, Guilherme Mercês, semana passada à
coluna: não há previsão da receita necessária para garantir, agora, as últimas folhas salariais, incluindo o 13º.
“O quadro é o mesmo”, afirmou ontem à coluna o titular da pasta, que está programando uma agenda em Brasília junto com o governador em exercício, Cláudio Castro. O compromisso na capital federal tem como principal objetivo obter o aval do presidente Jair Bolsonaro à continuidade do estado no acordo de recuperação fiscal.
Publicidade
Somado a isso, o governo do Rio e de estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul tentam acelerar a votação na Câmara dos Deputados e no Senado de uma nova recuperação fiscal.
Influência política nas negociações
Publicidade
O diálogo com o governo federal foi retomado logo após o afastamento de Wilson Witzel do governo, por determinação judicial, na última sexta-feira. Na verdade, Cláudio Castro já vinha conversando com a família Bolsonaro desde o início do processo de impeachment de Witzel na Alerj.
Na segunda, o governador em exercício comemorou, nas redes sociais, uma ligação do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) para tratar da recuperação fiscal.
Antes, o embate político entre Jair Bolsonaro e Witzel estava claramente influenciando as negociações do Estado do Rio com o Ministério da Economia.
Publicidade
Além da prorrogação do RRF do Rio, o governo estadual espera a aprovação, no Congresso, do PLP 101, que amplia o regime para 10 anos.