Guedes prometeu mais digitalização no serviço público; contratações serão somente para áreas consideradas estratégicas - Reprodução
Guedes prometeu mais digitalização no serviço público; contratações serão somente para áreas consideradas estratégicasReprodução
Por O Dia
A reposição de vagas em áreas consideradas estratégicas pela administração pública federal vinha sendo sinalizada pela equipe econômica da União, como a coluna informou em junho de 2019. Apesar de o ministro Paulo Guedes (Economia) ter prometido diversas vezes o congelamento dos cargos vagos e mais digitalização, os integrantes da pasta afirmavam que haveria exceção para algumas carreiras (jurídicas e de Fiscalização, por exemplo).
E, de fato, isso foi confirmado: na proposta de Orçamento para 2021, o governo prevê a contratação de mais de mais de 50 mil servidores. O número previsto na peça orçamentária é do total de 50.946 para todos os Poderes (Judiciário, Legislativo e Executivo).
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O impacto dessa medida foi estimado em R$ 2,4 bilhões, sendo R$ 2,1 bilhões só no Executivo. Como mostrou reportagem publicada nesta quinta-feira no jornal O Estado de S. Paulo, a partir de 2022, o custo anualizado para manter essas novas despesas sobe para R$ 4,5 bilhões, mostra reportagem da edição desta quinta-feira, 22, do jornal O Estado de S. Paulo.

Vale lembrar que o congelamento de vagas nos serviços públicos federal, estaduais e municipais até o fim de 2021 foi incluído na Lei Complementar 173 como contrapartida a uma ajuda financeira aos entes. O desembolso da União foi para o combate ao novo coronavírus.
Além disso, a própria reforma administrativa, apresentada por Guedes por meio da PEC 32, prevê menos concursos públicos. O ministro comentou sobre isso no início de setembro, poucos dias após a entrega do texto ao Congresso.
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"Quando você dá um choque digital, a taxa de reposição cai bastante. Se aposentam dez pessoas, contratamos uma ou duas", declarou Guedes.
Com Estadão Conteúdo