Paulo Guedes defende a reforma da Previdência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara - Reprodução TV Câmara
Paulo Guedes defende a reforma da Previdência na Comissão de Finanças e Tributação da CâmaraReprodução TV Câmara
Por PALOMA SAVEDRA
Rio - O ministro Paulo Guedes voltou a defender, nesta terça-feira, o congelamento de concursos públicos. E se a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2020 não prevê novas contratações de servidores, a promessa é de que essa suspensão se estenda para os próximos anos, segundo a fala de Guedes. Somado a isso, ele reafirmou que a União vai investir em digitalização para repor cargos que serão deixados por funcionários que se aposentarem.
Para o ministro, a máquina pública inchou nas últimas décadas. O objetivo, agora, é frear esse crescimento da folha. Ele afirmou que houve um excesso de contratações nos governos anteriores além de muitos reajustes salariais. De acordo com Guedes, essas medidas pioraram o quadro fiscal dos municípios, estados e União.
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"Para proteger a mão de obra que está lá (nos órgãos públicos), fizemos o seguinte: vamos desacelerar as contratações agora, ficar sem contratar um tempo, e vamos informatizar", declarou ele em audiência da Comissão de Finanças e Tributação sobre a Reforma da Previdência. 
Guedes relembrou números que já havia citado sobre a expectativa de aposentadorias na União. Dados do governo federal apontam que 40% dos funcionários concursados devem ir para a inatividade nos próximos quatro ou cinco anos.
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"E adivinha o quê? Não vamos contratar novos funcionários"
Em março, durante discurso realizado em Washington, nos Estados Unidos, o ministro foi categórico ao dizer que não pretende contratar novos profissionais para ocuparem os postos que serão deixados. Ao dizer que, em cerca de cinco ou seis anos, entre 40% e 50% dos servidores vão se aposentar, emendou: "E adivinha o quê? Nós não vamos recontratar novos funcionários no lugar. Se eles se aposentarem, nós vamos digitalizar e nós vamos fazer encolher a economia do Estado".