Governador em exercício, Cláudio Castro vai negociar novo plano de recuperação fiscal  - Ivan Sasha/Governo do Rio
Governador em exercício, Cláudio Castro vai negociar novo plano de recuperação fiscal Ivan Sasha/Governo do Rio
Por PALOMA SAVEDRA

Os estudos e as articulações com o Legislativo que integrantes do governo fluminense estão fazendo para tirar do papel uma reforma administrativa no Estado do Rio de Janeiro avançaram. O Executivo pretende apresentar em breve as propostas para reestruturação da máquina pública, que incluem a desestatização e fusão de empresas, sociedades de economia mista e fundações. Governistas ressaltam que será uma "pauta de Estado", com objetivo de "dar mais eficiência à máquina pública". Mas a medida também é uma contrapartida que o Rio deve apresentar à equipe econômica da União para se manter no Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

No bojo dessa reforma em solo fluminense, ainda não foi batido o martelo sobre um Programa de Demissão Voluntária (PDV). Mas, como a coluna informou no último dia 7, o PDV é também pensado por técnicos do governo.

O primeiro ato simbólico feito pelo governador em exercício, Cláudio Castro, para sinalizar a intenção de fazer a reformulação no setor público ocorreu, quando, no início do mês, pediu à Alerj a devolução de um projeto de lei do governo Witzel. A posposta de autoria do governador afastado, Wilson Witzel, foi encaminhada à Assembleia em abril, e tinha como objetivo a retomada do Programa Estadual de Desestatização (PED), de 1995.

Com o pedido de retirada do PL, Cláudio Castro passou um recado: enviará a sua própria mensagem, com o seu carimbo, e em um novo projeto. Segundo interlocutores do governo, o texto será mais elaborado e apresentado junto com estudos técnicos que embasam a proposta.

Enquanto isso, o Executivo fluminense mostra para o governo federal e o Conselho de Supervisão da recuperação fiscal que está fazendo o 'dever de casa'. No início de setembro, o governador em exercício esteve em Brasília para conversar com o ministro Paulo Guedes (Economia) e demais integrantes da equipe econômica da União, como o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, e se comprometeu a fazer ajustes nas contas estaduais.

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