Comitê do Regime de Recuperação Fiscal recomenda privatização de 14 estatais do Rio
Segundo integrante do Conselho de Supervisão, Tesouro Estadual desembolsou cerca de R$ 1,5 bilhão em três anos com as empresas; Central, Riotrilhos, Ceasa e Emop estão no relatório do grupo
Por PALOMA SAVEDRA
O programa de desestatização estudado pela Secretaria da Casa Civil e Governança é apontado pelo Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal do Estado do Rio como uma das medidas necessárias para salvar as finanças fluminenses. Hoje, uma das integrantes do comitê, Sarah Tarsila, defendeu, em audiência virtual da Alerj, privatizações de algumas empresas. E citou recente relatório do conselho, que aponta o gasto total de cerca de R$ 1,5 bilhão pelo Tesouro estadual com 14 estatais, ao longo de três anos (2017, 2018 e 2019).
O Conselho de Supervisão indicou ainda a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater), Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Companhia Estadual de Habitação do Estado (CEHAB), Empresa de Pesquisa Agropecuária (Pesagro), Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado (Codin), Centrais de Abastecimento do Estado (Ceasa), Companhia de Armazéns e Silos do Estado (Caserj), além de mais quatro que já estão em liquidação. São elas a Empresa Estadual de Viação (SERVE), a Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro (METRO), a Companhia Fluminense de Trens Urbanos (Flumitrens) e a Companhia de Transportes Coletivos (CTC).
'Modernização da máquina estadual'
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Sarah Tarsila participou da reunião da Comissão de Economia da Alerj, assim como o secretário da Casa Civil André Moura. Tarsila defendeu que o Legislativo aprove medidas de equilíbrio fiscal, como as privatizações.
"Estamos fazendo uma luta por determinação do governador para manter salários em dia, temos queda de receitas... não temos que manter essa máquina ultrapassada, grande, pesada e difícil de colocar pra funcionar. Tem que modernizá-la, torná-la mais leve e com mais resultados para a população. Se não, chegaremos a um momento que não teremos como pagar a folha (do funcionalismo)", defendeu Moura, em entrevista à coluna no dia 21 de abril.