Servidores reivindicam há anos a adoção do plano de cargos - Thiago Lontra / Alerj
Servidores reivindicam há anos a adoção do plano de cargosThiago Lontra / Alerj
Por PALOMA SAVEDRA
Servidores da Saúde estadual contam os dias para que a declaração feita nesta terça-feira pelo governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, de fato se torne realidade. Castro afirmou, na abertura do ano legislativo, que a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), previsto na Lei 7.946/18, é prioridade. E que o PCCS pode sair ainda este ano.
"Quero reiterar meu compromisso de até o final deste mandato e, se Deus quiser, até o fim deste ano, instituir o PCCS da Saúde", afirmou Castro.
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Integrante do movimento 'PCCS Já' e presidente da Asservisa, André Ferraz disse à coluna que os profissionais estão aguardando nova rodada de negociação, mas que há pressa para que o plano saia do papel.
"A categoria recebe as palavras do governador como parte do compromisso construído com a mediação da Alerj, mas espera que o nosso tão esperado Plano de Carreira seja imediatamente implementado. Só não dá pra esperar mais, não podemos esperar até dezembro de 2022", frisou.
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Ferraz afirmou que os servidores mostraram ao governo que a Secretaria de Saúde "reúne recursos para a efetivação e que as determinações legais que amparam o PCCS, a Lei 7946/2018, são anteriores à crise fiscal e sanitária": "Não podendo ser obstruído sequer pelo Regime de Recuperação Fiscal, pois o governo dispõe de meios para compensar financeiramente o investimento".
Alegou ainda que, enquanto outras áreas são contempladas com benefícios, os profissionais da Saúde não recebem os mesmos pagamentos. "Não temos auxílio-transporte, adicional noturno, a insalubridade é aquém do risco elevado, e não recebemos adicional de qualificação". 
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"Além disso, a Saúde exige o mesmo tratamento prioritário de outras categorias, ou seja, primeiro se efetiva o PCCS, depois se negocia a compensação financeira com o governo federal. Foi assim com a Segurança e Educação, não podemos ser desconsiderados, principalmente durante a pandemia", finalizou.
DEFASAGEM SALARIAL
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Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Martha Rocha (PDT) ressaltou que a medida é necessária também para corrigir a defasagem salarial dos servidores da área.
"Esta é uma demanda antiga dos servidores, pela qual os parlamentares da Alerj vêm lutando há muito tempo. Os servidores da área têm uma defasagem muito grande de salários", observou Martha Rocha.