Centrais sindicais anunciam 'calendário de lutas' para protestar contra 'o caos na Saúde e o descaso do governo federal diante da doença'Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por PALOMA SAVEDRA
Categorias do serviço público do país vão aderir a uma mobilização nacional das centrais sindicais e movimentos populares marcada para o dia 24 de março contra o governo Bolsonaro. O ato terá como principal pauta os pedidos de lockdown nacional, auxílio emergencial no valor de R$ 600 e a aceleração da vacinação.
Os servidores decidiram reforçar o movimento diante do avanço da PEC Emergencial (186) - que promoverá um longo período de arrocho - e da proximidade de votação da reforma administrativa (PEC 32). As categorias pretendem ainda intensificar as articulações no Parlamento para evitar a aprovação da reforma.
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"Não vamos fazer exatamente a mesma coisa que eles. Vamos ter evento próprio, mas no mesmo dia, para reforçar o descontentamento do serviço público com o governo Bolsonaro", declarou o presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques. 
"A ideia é juntar forças para que a gente tenha condições de enfrentar de forma mais articulada, inclusive com parlamentares progressistas, a reforma administrativa, que vai se seguir à aprovação da PEC 186", ressaltou. 
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No Rio de Janeiro, o Fórum Permanente dos Servidores Públicos Estaduais (Fosperj) também vai participar do movimento. O Fosperj frisou que, além de reivindicar a campanha de vacinação para toda população, a ampliação dos leitos no SUS e o auxílio de R$ 600 até o fim da pandemia, vai protestar contra a reforma administrativa e a privatização de instituições públicas, como a Cedae.
"O Fórum pede para que toda população fluminense se mobilize para a luta, visto que as pautas são de interesse público e reverberam em todo cidadão e cidadã que precisa do serviço público para garantir seus direitos", declarou.