Policiais podem ficar de fora da reforma do serviço público
Parlamentares da bancada da bala tentam costurar apoio para emplacar a medida ou abrandar regras para as forças de segurança pública
Por PALOMA SAVEDRA
Um movimento na Câmara dos Deputados, encampado por parlamentares da bancada da bala, busca apoio para retirar policiais e outros agentes de Segurança Pública do texto da reforma administrativa (PEC 32). A avaliação, porém, é de que será difícil de emplacar essa medida, e a alternativa apontada é abrandar regras para esses servidores.
Uma emenda, de autoria do deputado Nicoletti (PSL-RR) — que é policial rodoviário federal —, por exemplo, amplia o prazo para as regras da reforma (se a proposta passar) começarem a valer para a área. A sugestão de aditivo também prevê outras diferenciações em relação às demais carreiras do serviço público.
Na verdade, o poder de articulação das forças de segurança, que já pressionam o Legislativo, preocupa parlamentares e governistas. E a mobilização dos policiais federais, rodoviários federais, policiais civis dos estados e outras carreiras do setor também reforça a atuação das demais categorias do funcionalismo para barrar o projeto.
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FIM DO REGIME JURÍDICO ÚNICO
A PEC 32 ainda começará a ser analisada por uma comissão especial — etapa considerada fundamental para as articulações de deputados favoráveis ao texto, oposição e servidores.
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O texto prevê o fim da estabilidade e do regime jurídico único de futuros funcionários públicos e abre caminho para projetos complementares que vão enxugar carreiras e cargos na administração pública.