Documento foi elaborado por servidores públicos do Tribunal Regional Eleitoral Reprodução

Os participantes do Encontro Estadual dos Servidores e Servidoras da Justiça Eleitoral, realizado nos dias 15 e 16 de julho, aprovaram uma carta aberta à sociedade em protesto a críticas que vêm sendo feitas ao sistema eleitoral. O evento foi realizado pelo Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro (Sisejufe). O texto foi divulgado nesta semana.
Os servidores afirmam que o documento tem como objetivo "manifestar publicamente a indignação com a forma irresponsável e inconsequente com que autoridades públicas, civis e militares têm dirigido reiterados ataques ao sistema eleitoral brasileiro, às instituições democráticas e aos próprios servidores da Justiça Eleitoral".

A carta repudia as seguidas declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre existência de fraudes no processo eleitoral. "Ele sugere levianamente, sem apresentar nenhuma prova para sustentar tais ilações, assim como as agressões verbais pessoalmente dirigidas a ministros do TSE e da Suprema Corte, aos integrantes do Parlamento brasileiro e aos servidores da Justiça Eleitoral".
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"Para os servidores, os ataques representam investida contra a Democracia do país", acrescentaram os participantes, que, em outro trecho do documento, afirmam que a implementação do voto impresso seria retrocesso.
"Ninguém nega que todo sistema pode e deve ser objeto de permanente avaliação e melhoria, mas a verdade é que o voto impresso caminha no sentido contrário. É um verdadeiro retrocesso que, ao invés de melhorar o sistema eleitoral, cria diversas fragilidades no processo e, aí sim, abre as portas para oportunismos, fraudes e tumultos, configurando uma clara afronta à Democracia".
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Por fim, no documento a categoria afirma que o cenário "se torna ainda mais tenebroso quando se percebe que esses ataques à Justiça Eleitoral fazem parte de um projeto maior, que visa promover o desmonte do serviço público, reduzir as proteções sociais da população e retirar direitos dos servidores públicos em geral, com a PEC 32/2020, a chamada Reforma Administrativa".