Audiência realizada em 5 de agosto discutiu projeto de uso de armas de fogo por guardas municipaisDivulgação CMRJ

Nos bastidores do Legislativo carioca, a avaliação é de que se não houver "esforço" do governo Paes para aprovar o armamento da Guarda Municipal, a medida — que é polêmica e suscita discussões — não vai avançar. A ideia é que o Executivo e sua base entrem na articulação pelos 34 votos necessários para o aval ao texto. 
Para alguns, a discussão do Projeto de Emenda à Lei Orgânica 23/2018 — de autoria de diversos parlamentares —, que prevê o uso de armas de fogo por agentes da GM-Rio, já está "na reta final" e vem "se arrastando". 
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A tentativa é de votar a matéria este ano, já que em 2022 haverá eleições e alguns vereadores vão disputar cargos de deputado estadual e federal, por exemplo.
REDUÇÃO DOS ÍNDICES
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Um dos autores da proposta e também presidente da Comissão de Segurança da Câmara, o vereador Jones Moura (PSD) comandou, na última quinta-feira, audiência pública sobre o tema. Para Moura, com treinamento e seguindo os protocolos da legislação federal, o armamento dos guardas do Rio contribuirá para "a redução dos índices de violência" na cidade.
GUARDAS VULNERÁVEIS
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Parlamentares contrários à medida que estiveram na reunião argumentaram, em contrapartida, que o uso dos equipamentos poderá deixar os agentes mais vulneráveis. "Mais armas em circulação significa, na atual realidade, mais abastecimento para as milícias e para o tráfico, e uma guarda mais vulnerável", afirmou Chico Alencar (Psol).