Vereador Paulo Pinheiro (PSOL) espera que Paes não cometa mesmos erros de Crivella - Onofre Veras/Parceiro/Agência O Dia
Vereador Paulo Pinheiro (PSOL) espera que Paes não cometa mesmos erros de CrivellaOnofre Veras/Parceiro/Agência O Dia
Por Sidney Rezende
O vereador Paulo Pinheiro (PSOL), ex-diretor do hospital Miguel Couto, fez um balanço do ano na área da Saúde e responsabiliza as autoridades por não terem se antecipado aos problemas, principalmente no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Pinheiro, que foi reeleito para mais um mandato na Câmara Municipal do Rio a partir de janeiro, criticou a atuação do atual prefeito Marcelo Crivella na área da Saúde. "Demissão de mais de cinco mil profissionais, fechamento de centenas de equipes da Saúde da Família. Propusemos mudanças na Saúde. Nada foi aceito", disse. Para o vereador, houve destruição da cidade. "A bancada do PSOL lutou muito, aprovou uma renda mínima, que não foi paga pelo prefeito Crivella. Falamos [durante o ano] sobre a destruição da cidade do Rio de Janeiro, das enchentes, a conservação em pior estado que já vimos até hoje".

Pinheiro falou ainda sobre os pedidos de impeachment de Crivella ao longo da gestão do prefeito e que não foram para a frente. "Agora, o Tribunal de Contas rejeita as contas do Crivella de 2019, antes da pandemia. Nós já queríamos tirar o Crivella antes disso. Os pedidos de impeachment que fizemos várias vezes eram exatamente por isso. E que esses vereadores, que defenderam o Crivella, ganhando cargos, ganhando coisas na prefeitura do Crivella, e depois deram um pontapé no Crivella".

Agora, o vereador ficará de olho na atuação do prefeito eleito Eduardo Paes. "Espero que o novo prefeito não traga de volta as OSs para a Saúde, que Eduardo Paes não cometa os mesmos erros que cometeu o governo Crivella. Essa é a função do legislativo. Fiscalizar, dizer à população o que está acontecendo, denunciar". 
Raio X financeiro da pandemia
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Os economistas Paulo Rabello de Castro e Marcel Caparoz concluíram um estudo que diz que "o impacto negativo da covid-19 nas contas públicas do Brasil é devastador. Mas o coronavírus, como moléstia, respondeu por menos que 10% do total de gastos extraordinários autorizados pelo Congresso Nacional. Governo Federal, apesar das juras de austeridade como promessa de campanha, já gastou o equivalente a R$ 470 bilhões até outubro/20 em despesas adicionais, todas atribuídas à pandemia da covid-19. O terrível vírus só custou 8% desse total aos cofres públicos".
Carnaval em risco
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O médico pneumologista e diretor da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Hermando Castro, que acompanhou as reuniões da comissão de Carnaval da Câmara de Vereadores, foi enfático: "O Carnaval só poderá ocorrer quando houver uma boa cobertura vacinal", diz em entrevista publicada no relatório.
A lição de Maricá
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A Empresa Pública de Transporte (EPT) da prefeitura de Maricá colocou em prática um programa de convencimento sobre importância do uso de material de proteção contra o coronavírus. Agentes públicos, uniformizados, distribuirão, gratuitamente, máscaras para todos os que utilizarem o transporte da cidade. Ao invés da repressão policial, eles estão investindo na consciência do cidadão. 
PICADINHO
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Universidade Veiga de Almeida abre curso de Medicina Veterinária. Turma começa em fevereiro no campus Barra.

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