Rio - O carnavalesco e figurinista da Mangueira, Leandro Vieira, afirmou que a escola vai entrar na Avenida, nesta sexta-feira, para trazer o que tem de melhor. "Esperamos que esse desfile seja um sucesso, algo surpreendente e emocionante. A gente não quer inventar, queremos trazer tudo aquilo que deu certo de novo", disse Vieira, que é dono de dois títulos no Carnaval.
A Mangueira foi a segunda escola a desfilar na noite desta sexta-feira na Marquês de Sapucaí. Escolhido como um dos homenageados, o cantor e compositor Cartola teve papel determinante na história da Verde e Rosa. Em abril de 1928, ao lado de Zé Espinguela, Saturnino Gonçalves, Euclides Roberto dos Santos, Marcelino José Claudino, Pedro Caim, Abelardo da Bolinha e Carlos Cachaça, o compositor de "As Rosas Não Falam" fundou a Estação Primeira de Mangueira.
Anos depois, José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão, se apaixonou pela escola de samba ao ser levado por um amigo músico em um dos ensaios. Em pouco tempo, Jamelão conquistou o cargo de um dos principais intérpretes da Verde e Rosa.
Já Hélio Laurindo da Silva, mais conhecido como Delegado, nasceu e foi criado no Morro da Mangueira. Na escola de samba, Delegado foi consagrado o maior mestre-sala do Carnaval. Durante o período em que assumiu um dos principais postos da Verde e Rosa, ele conseguiu a nota máxima em todos os desfiles como mestre-sala.
O enredo "Angenor, José & Laurindo" é composto por Moacyr Luz, Bruno Souza, Leandro Almeida e Pedro. Vencedora de 20 títulos, a Estação Primeira de Mangueira é a segunda agremiação a desfilar na Marquês de Sapucaí na sexta-feira, 22 de abril.
Na última disputa, a Verde e Rosa conquistou o sexto lugar do Grupo Especial com o enredo "A verdade vós fará livre". Em 2020, sob a liderança de Leandro Vieira, a Mangueira se propôs a trazer uma releitura da biografia de Jesus Cristo. O samba-enredo é de autoria de Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.