Mangueira divulga enredo do Carnaval 2025 Reprodução / Instagram
"O entendimento da nossa terra revela a verdade sobre corpos assolados pelo apagamento de sua identidade preta. A alma carioca, atrevida por essência e banhada da ancestralidade bantu, é forjada por tantas dores e paixões, carregando na memória a cruel violência, mas também as experiências revolucionárias de liberdade, que nos ensinam a desafiar a morte, celebrar a vida e fazer carnaval!", escreveu a diretoria da Verde e Rosa na legenda do vídeo de divulgação.
Ao longo da semana, a Mangueira distribuiu pistas sobre o enredo pelas ruas do Rio. Vários quadros contendo rosas e palavras como "ancestralidade" e "africanidade" foram espalhados por locais como Cais do Valongo, Pedra do Sal, Largo de São Francisco da Prainha, Boulevard Olímpico, Cidade do Samba, Museu do Amanhã e Central do Brasil.
"Escavando o passado, seguimos os vestígios da viva presença negra na região central do Rio de Janeiro desde a influência do povo bantu até a realidade atual dessa população. São corpos assolados pelo apagamento de suas vidas, vivências e possibilidades. Recuperamos tramas envolventes de personagens inspiradores calados pelo tempo, além de valorizar os saberes e práticas da população negra, que chegou de maneira forçada ao território brasileiro – principalmente por meio do Cais do Valongo, o maior porto de entrada de africanos escravizados do continente”, explicou a agremiação no X, antigo Twittter.
"A Mangueira caminha pelas ruas da Pequena África, arquivo a céu aberto e cenário de contraste entre tantas dores e paixões que forjaram a identidade da cidade. Essa região carrega na memória, desde sempre, a cruel violência, mas também experiências de revolucionária liberdade e reinvenção da vida. Atrevida por essência, a alma carioca desafia a morte, celebra a vida e faz carnaval!", finalizou.
Outros enredos divulgados
A Acadêmicos da Grande Rio exaltará o estado do Pará, mas ainda não tem título definido. A Beija-Flor homenageará Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, lendário diretor de Carnaval. A Imperatriz Leopoldinense contará a história que narra a ida de Oxalá ao reino de Oyó, para visitar Xangô.
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