Rio - Neste sábado, 20 de novembro, é celebrado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. A data, instituída oficialmente pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, faz referência a morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, que ficava entre os estados de Alagoas e Pernambuco.
Zumbi foi morto em expedição do bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1965, e teve sua cabeça exposta em praça pública de Recife. A data promove debates importantes, como o combate ao racismo, violência racial, preconceito e desigualdade social. Veja abaixo uma lista de livros para refletir sobre o tema.
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NACIONAIS
Olhos D'água, de Conceição Evaristo - Neste livro de contos, Conceição Evaristo foca na população negra, abordando sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem.
Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus - O livro foi originado a partir do diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus e relata o cotidiano da vida da autora na favela do Canindé, em São Paulo, com seus três filhos.
Na Minha Pele, de Lázaro Ramos - Movido pelo desejo de viver num mundo em que a pluralidade cultural, racial, étnica e social seja vista como um valor positivo, e não uma ameaça, Lázaro Ramos divide com o leitor suas reflexões sobre temas como ações afirmativas, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação. No livro, Lázaro compartilha episódios íntimos de sua vida e também suas dúvidas, descobertas e conquistas.
Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves - O livro narra a história de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão.
FICÇÃO CIENTÍFICA
Kindred - Laços de Sangue, de Octavia E. Butler - Em seu vigésimo sexto aniversário, Dana e seu marido estão de mudança para um novo apartamento. Em meio a pilhas de livros e caixas abertas, ela começa a se sentir tonta e cai de joelhos, nauseada. Ela, então, começa a viajar no tempo. Quanto mais tempo passa no século XIX, numa Maryland pré-Guerra Civil – um lugar perigoso para uma mulher negra –, mais consciente Dana fica de que sua vida pode acabar antes mesmo de ter começado.
FANTASIA
Leopardo Negro, Lobo Vermelho, de Marlon James - Em um épico fantástico ― com elementos que vão de Gabriel García Márquez ao universo Marvel ―, Marlon James conduz o leitor por toda a riqueza das histórias e dos folclores do continente africano.
Filhos de Sangue e Osso, de Tomi Adeyemi - A mitologia iorubá é o fio condutor de Filhos de sangue e osso, que marca a estreia de Tomi Adeyemi na literatura. Graduada em literatura inglesa em Harvard, a escritora norte-americana de origem nigeriana recebeu uma bolsa para estudar cultura africana em Salvador, na Bahia, onde se inspirou a criar um universo de fantasia onde a magia dos orixás corre o risco de se perder para sempre.
Território Lovecraft, de Matt Ruff - Nos Estados Unidos segregados da década de 1950, Atticus é um rapaz negro, veterano da Guerra da Coreia, fã de H. P. Lovecraft e outros escritores de pulp fiction. Ao descobrir que o pai desapareceu, ele volta à cidade natal para, com o tio e a amiga, partir em uma missão de resgate. Na viagem até a mansão do herdeiro da propriedade que mantinha um dos ancestrais de Atticus escravizado, o grupo enfrentará sociedades secretas, rituais sanguinolentos e o preconceito de todos os dias. A obra de Matt Ruff une ficção histórica e pulp noir ao horror e à fantasia de Lovecraft para explorar os terrores da época de segregação racial nos Estados Unidos.
CONTEMPORÂNEOS
A Metade Perdida, de Brit Bennet - As irmãs Vignes são gêmeas idênticas. Quando, aos 16 anos, resolvem fugir de casa, elas não fazem ideia de como isso vai alterar suas trajetórias. Mais de uma década depois, uma delas volta para a cidade natal — uma comunidade negra no sul dos Estados Unidos obcecada por novas gerações de pele cada vez mais clara —, e o choque não poderia ser maior. Porque ela não apenas chega sem a irmã, mas com uma criança. Uma criança de pele muito escura. Brit Bennett constrói uma história emocionante, que também analisa conceitos como passabilidade e colorismo.
A Outra Garota Negra, de Zakiya Dalila Harris - Nella Rogers está cansada de ser a única funcionária negra da editora Wagner Books. Quando já não aguenta mais se sentir deslocada e lidar com as microagressões no ambiente de trabalho, o destino parece enfim presenteá-la com uma aliada: outra garota negra, Hazel, passa a trabalhar na baia ao lado da sua. Porém, à medida que Hazel ganha influência e
Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie - Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero.
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