Juliana Paiva
Juliana PaivaReprodução
Por Juliana Pimenta
Rio - Um dos talentos da nova geração de atores da TV brasileira, Juliana Paiva está no ar em dose dupla na Globo. Além de protagonizar 'Salve-se Quem Puder' ao lado de Deborah Secco e Vitória Strada, a atriz também está na reprise de 'Ti Ti Ti', no 'Vale a Pena Ver de Novo'. E, para quem acha que é pouco, 'Malhação Sonhos' acaba de reprisar, em sua edição especial, uma participação da atriz como a fogosa Fatinha.


"Foi uma surpresa trazer a Fatinha de volta, uma personagem muito marcante para mim e que teve uma aceitação linda do público. Até hoje recebo muito carinho dos fãs, as pessoas ainda brincam comigo na rua lembrando da personagem. Foi uma personagem que me fez muito feliz e que foi fundamental para o meu crescimento artístico. Durante a pandemia as pessoas têm buscado assistir a projetos antigos. Então, quem não assistiu na época, provavelmente conhece a história e quem já viu, pode matar as saudades", destaca Ju que, inclusive, vê na personagem de 2012 um ponto de partida para outros grandes trabalhos.

"Não foi minha primeira experiência na Globo e nem minha primeira novela, mas foi um divisor de águas. Acho que a partir dali o meu trabalho ficou mais reconhecido. Durante as gravações, por exemplo, eu ia na praça de alimentação dos Estúdios no intervalo e outros diretores me cumprimentavam porque estavam assistindo a temporada. Nas ruas, foi comoção total, sempre vinha uma galera falar comigo, além de um público ativo nas redes sociais. Então, foi muito intenso, 'Malhação' foi um marco não só na minha carreira, mas na minha vida", destaca a jovem que antes, em 2010, tinha vivido Valquíria, a filha adolescente de Jacques Leclair (Alexandre Borges) em 'Ti Ti Ti'.

Produção inédita

E como falamos, nem só de reprise vive Juliana Paiva. No ar como Luna/Fiona de 'Salve-se Quem Puder', a atriz está na única novela inédita da Globo, já que todas as outras são reprises de trabalhos já veiculados pela emissora. "A experiência da volta foi muito bacana, porque a gente estava com muita saudade de trabalhar. A novela parou em um momento crucial onde a história estava se desenrolando, então, quando a gente teve essa pausa, foi meio traumático porque a gente queria muito continuar contando essa história", lembra a atriz de 28 anos, que conta um pouco sobre a preparação em tempos de pandemia.

"Voltamos seguindo todos os protocolos de segurança e nos adaptamos fazendo nossa própria caracterização e cuidando do figurino. Costumo dizer que foi como se a gente tivesse juntando o teatro com TV. É uma coxia de teatro, com cenário e a magia da televisão. Voltamos para a história que a gente precisava contar e finalizar. E deu tudo certo", comemora Ju.

Mas nem tudo foram flores. Juliana Paiva também revela os pontos baixos das gravações da fase final de 'Salve-se Quem Puder'. "A parte da falta de abraço e de beijo por conta do distanciamento social foi especialmente difícil para mim porque eu sou uma pessoa muito afetiva e adoro abraços (risos). Tudo foi em função desta adaptação, do 'novo normal'. Fora isso, a gente também contou com o aparato da tecnologia para fazer algumas cenas", explica.

Final emocionante

As gravações não só deram certo como as cenas prometem surpreender o público nessa reta final. De acordo com a atriz, a segunda fase de 'Salve-se' tem ainda mais ação e humor do que a primeira.

"Conseguimos acabar de gravar a novela, mantendo o clima descontraído, e com sequências bem divertidas e muitas cenas cheias de ação. Também vamos ver as questões emocionais da Luna e os desfechos desta história que desenvolvemos. Estou numa expectativa grande para ver no ar o tão esperado encontro verdadeiro de Luna e Helena (Flávia Alessandra). É a cena em que estou mais ansiosa para assistir porque a gravação foi muito emocionante", revela Ju, que com a novela completamente gravada, promete ser telespectadora da trama, ritual antes impossível por conta da intensa rotina de trabalho.

"É porque desta vez foi um processo diferente de qualquer outro trabalho anterior. Novela é uma obra aberta, um processo vivo. A gente vai gravando e sentindo a resposta do público. Como já gravamos tudo, agora vou poder assistir junto com todos os espectadores".