Dia Internacional da Higiene Menstrual, a "pobreza menstrual" atinge hoje mais de 500 milhões de meninas e mulheres ao redor mundo
Dia Internacional da Higiene Menstrual, a "pobreza menstrual" atinge hoje mais de 500 milhões de meninas e mulheres ao redor mundoDivulgação
Por O Dia
A Organização das Nações Unidas (ONU), reconheceu, em 2014, o direito das mulheres à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos, porém o acesso aos produtos menstruais não é uma realidade no Brasil e nem no Mundo. A falta de acesso a absorventes no Brasil atinge 26% das meninas entre 15 e 17 anos. Nas ruas e prisões, miolo de pão e jornal são utilizados para conter o fluxo.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional da Saúde Escolar (PENSE) do IBGE de 2015, cerca de 213 mil meninas frequentam escolas que não têm banheiro em condições de uso e 65% delas são garotas negras. O relatório da Girl UP também apontou que 17% das meninas de até 19 anos não têm acesso à rede geral de distribuição de água e a maior parte das mulheres que não têm acesso ao saneamento básico estão em idade escolar, uma vez que a primeira menstruação acontece, em média, aos 13 anos.
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Para conscientizar a população sobre a importância da dignidade menstrual, a marca Pantys, de calcinhas absorventes, realiza uma ação digital para lembrar o Dia Internacional da Higiene Menstrual, comemorado no dia 28 de maio. O objetivo é movimentar um assunto pouco falado e compartilhado: a pobreza menstrual, que atinge hoje mais de 500 milhões de meninas e mulheres ao redor mundo. Cada postagem feita nesta data e marcada com a #pantysprotest, será transformada em uma calcinha absorvente e doada para mulheres em situação de pobreza menstrual.
Artistas como Angélica, Fernanda Souza, Gabriela Prioli, Letícia Braga, Paloma Bernardi, Samara Felippo e as atletas Aline Silva e a médica Tathiana Parmigiano, ginecologista do Time Brasil nas Olimpíadas, apoiam a causa e participam da campanha, revertendo seus cachês em milhares de doações para ONGs em todo o Brasil.
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Segundo relatório da ONG Girl UP, atualmente, cerca de 30 milhões de mulheres menstruam no Brasil e gastam, ao longo da vida fértil, cerca de três a nove mil reais com absorventes.
- A pobreza menstrual é um problema que afeta também a economia. A luta diária dessas mulheres é por higiene e dignidade. Este assunto precisa ser diariamente discutido. Desde o início da Pantys, sempre tivemos como pilar a sororidade e as doações. Desta maneira, estaremos proporcionando dignidade menstrual para meninas e mulheres que tem seu dia a dia prejudicado por falta de higiene e produtos - afirma Emily Ewell, sócia fundadora da Pantys.