Psiquiatra analisa o comportamento da polêmica participante do BBB que foi eliminada com quase 100% de votos do público  - Reprodução Internet
Psiquiatra analisa o comportamento da polêmica participante do BBB que foi eliminada com quase 100% de votos do público Reprodução Internet
Por O Dia
Este Big Brother Brasil mais uma vez está dando o que falar! A cantora Karol Conká é a participante com o maior índice de rejeição da história do programa. A internet não perdoou a artista, que demonstrou um temperamento difícil dentro do programa e foi eliminada nesta terça-feira com quase 100% de votos do público. E você, está acompanhando a polêmica?

Sem julgamentos, precisamos aprender com este episódio. Uma mulher ativista que tinha tudo para dentro da casa jogar um jogo belíssimo pela sua desenvoltura e inteligência. Porém se perdeu e nos confirmou que o autoconhecimento e o autocontrole são fundamentais para viver em sociedade.

Nós batemos um papo com o psiquiatra Pablo Vinicius, que destacou alguns pontos do temperamento da artista que podem nos ajudar a lidar com pessoas como a Karol.

“É preciso enfatizar que não se deve fazer julgamento das pessoas. Um profissional realiza uma avaliação do comportamento humano como um todo para definir qual característica predomina e assim traçar a personalidade daquele indivíduo. Todos os seres humanos têm um pouco de cada temperamento, formam um mosaico de características. O que caracteriza cada um é a predominância de uma delas perante as demais”, explicou Pablo Vinicius.

O confinamento do BBB provocou uma repentina alteração da rotina e grande pressão psicológica nos participantes. Eles passam por privação de sono, desgaste físico, ausência das relações sociais, maior exposição ao álcool, entre outros fatores, que formam um ambiente propício à explosão de traços da personalidade, emoções, reações agressivas e choro descontrolado. Imediatamente, o público se assusta, pois a maioria só conhecia algumas facetas daquelas pessoas, enquanto figuras públicas.

“A personalidade reúne todas as características que formam o indivíduo, o pensar, agir, reagir e sentir. O caráter é um dos aspectos da personalidade, um conjunto de traços, princípios e valores, que formam a moral da pessoa. Já o temperamento mostra as tendências emocionais, como ela age e reage no mundo com relação às emoções e neste ponto temos algumas formas distintas”, destacou o especialista.

O psiquiatra aponta quais são as características de cada temperamento. Sabendo identificar cada tipo é possível desenvolver mecanismos para ajudar essas pessoas e conviver com elas:

- O temperamento sanguíneo caracteriza pessoas otimistas, expansivas e impulsivas, são superficiais e tendem ao exagero;
- O temperamento fleumático representa os sonhadores, os mais dóceis e delicados, mesmo em situações de estresse. Mas esses também são os mais indecisos;
- O temperamento melancólico é denominado para os tímidos, entristecidos, normalmente solitários e sensíveis, com tendência ao pessimismo;
- O temperamento colérico é comum em uma pessoa explosiva, intolerantes, impacientes e com tendência a ser dominadora, enxergando o mundo apenas na sua ótica, mas como ponto forte, o poder de liderança.

“No caso da Karol Conká, se mostra ambiciosa, tem uma personalidade dominadora, muitas vezes explosiva e tende ao egocentrismo, pois deixa claro que tem dificuldade para tolerar o que é diferente. Em compensação mostra ter uma capacidade de liderança absurda, fazendo a casa girar ao redor dela. Do ponto de vista psicodinâmico, a Karol tem características do temperamento colérico. Isso não necessariamente é uma coisa ruim, não estamos avaliando o caráter dela”, explicou o psiquiatra.

O que a gente pode aprender com essa história é que na vida real não vale “tombar” tanto no temperamento, somos humanos e por isso precisamos sempre fazer um exercício bem simples: nos colocarmos no lugar do outro.