Dia 2 de abril foi instituído pela Organização das Nações Unidas como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Dia 2 de abril foi instituído pela Organização das Nações Unidas como o Dia Mundial de Conscientização do AutismoDivulgação
Por O Dia
Dia 2 de abril foi instituído pela Organização das Nações Unidas como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data é lembrada no mundo inteiro e se tornou símbolo da luta de pais e mães que têm crianças com esse problema. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Este ano, a campanha nacional com o tema “Respeito para todo o espectro”, celebra a data usando a hashtag #RESPECTRO nas redes sociais.
O problema é motivo de preocupação para muitas famílias. O nome técnico é Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), uma condição de saúde caracterizada pelo déficit na comunicação social e no comportamento. Não há só um tipo de autismo, mas muitos subtipos, que se manifestam de uma maneira única em cada pessoa. Por isso se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento.
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Uma a cada 54 crianças possui o transtorno, de acordo com dados de 2020 do Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo dos EUA, usados como base no Brasil. A advogada Karine Koerich Busch Lobe, não poderia imaginar que seu filho Matheus, na época um bebê, pudesse estar nesta estatística. Ela também não tinha ideia que o medo e o pavor sentidos diante do diagnóstico se transformariam em seu propósito: ajudar a melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e seus familiares no Brasil.
Ela passou a se dedicar ao desenvolvimento do filho assim que recebeu o diagnóstico e conseguiu algo raro, que é possível em cerca de 3% a 5% dos casos: dar a Matheus as condições de sair do espectro autista, uma conquista que ela alcançou após dois anos de tratamento intenso. Divulgando informações e compartilhando as suas vivências, Kaká se tornou referência no assunto. Com a pandemia, ela faz um alerta e dá caminhos para que o desenvolvimento das crianças com TEA não seja prejudicado.
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- Neste período crianças com autismo acabaram ficando sem tratamento e isso é gravíssimo, pois quanto antes agirmos, melhores são os resultados. Amanhã o cérebro da criança não terá a mesma capacidade de hoje de aprender, por isso, a falta dos estímulos adequados pode afetar o futuro. Com o Matheus, no início, eu mesma aplicava as terapias - conta Kaká.
Kaká é autora do livro “Propósito Azul: uma história sobre o autismo”, ao lado do marido e deixa dicas para os pais que precisam entender mais sobre o assunto. Ela indica cursos online acessíveis e de qualidade. Como o do site https://institutosingular.org, que tornou possível a superação de seu filho. Além disso, em seu site (https://www.autistologos.com) há um guia gratuito para a família criar um programa de estímulos individual para a criança colocar em prática, sem perder esse precioso período de desenvolvimento da criança com TEA.
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- Cada criança responde de forma diferente ao tratamento, mas podemos afirmar com certeza que, com uma intervenção precoce, intensiva e de qualidade, as chances de melhora nos sintomas do Autismo são realmente muito significativas e permite que as pessoas com TEA tenham uma vida funcional e independente, com raras exceções - afirma ela.