Angela Costa: primeira mulher à frente da ACRJ
Angela Costa: primeira mulher à frente da ACRJDivulgação
Por O Dia
Ela cresceu no subúrbio do Rio de Janeiro e tem uma história de luta e muito trabalho para alcançar o sucesso. Filha de motorista, perdeu a mãe cedo, mas viu na dificuldade uma porta para escrever sua história com êxito. Hoje é uma empresária bem-sucedida e a primeira mulher a ocupar o posto de presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro. O nosso mulherão de hoje é a incrível Ângela Costa, que nos inspira e mostra que nós mulheres podemos chegar onde quisermos e alcançar os nossos sonhos!
O que representa ser eleita a primeira mulher presidente da ACRJ?
Quem me conhece sabe que nunca levantei a bandeira pelo fato de ser mulher e prosperar no meio empresarial, predominantemente masculino. Mas tenho muito orgulho da minha trajetória de vida e empresarial. Me sinto honrada por ocupar por dois mandatos a presidência da Associação Comercial, que tem 211 anos. Espero ter aberto para que outras mulheres possam ocupar este cargo na Casa de Mauá.
Pode contar um pouco da sua história?
Nasci no Méier, sou filha de motorista e lutei muito para conquistar tudo o que consegui até hoje. Perdi minha mãe aos 11 anos. Estudei no internato do colégio Santa Marcelina, onde meu pai trabalhava como motorista do transporte escolar. Meus filhos sempre foram minha base e estrutura de equilíbrio e força. Enfrentei dificuldades, mas nunca me deixei abater. Ao contrário. Sempre tive espírito empreendedor. Aos 17 anos, no curso de desenho industrial, comecei a fazer camisetas para vender na garagem de casa. Aos 21 anos, após o falecimento de meu pai, assumi a pequena empresa de transporte escolar, que tinha 2 veículos. Em quatro anos, na minha gestão, a frota chegou a 32 ônibus, tornando-se a maior empresa de transporte escolar do RJ. Nesta época, consegui unir todas as empresas do setor e fundamos a Associação de Transporte Escolar e mais tarde o Sindicato do mesmo setor, os quais eu presidi. Querendo diversificar, aceitei o convite para gerenciar uma empresa de embalagens de papelão que passava por dificuldades. Lá descobri a vocação de trabalhar com a indústria, no chão de fábrica e depois fundei minha empresa, a Paper Box, que está completando 41 anos. Minha atividade sindical também não parou. Depois de anos atuando no Sindicato de Artefatos de Papel e Papelão, do qual sou presidente, e na Firjan, fui eleita a primeira mulher na presidência da ACRJ.
Qual recado você deixaria para outras que se inspiram na sua história?
É importante ter consciência que infelizmente o preconceito e o machismo ainda existem e são muito fortes, mas isso não pode nos intimidar. Porque, diferentemente do homem, somos multitarefa, conseguimos administrar nossa família, nossa casa e nosso trabalho sem que um interfira no outro. Pois sabemos diferenciar os papéis. E sempre atentas aos detalhes, sem nunca perder o foco, conseguimos atingir nossas metas com o sucesso desejado.
Qual a receita para combater o preconceito no ambiente empresarial?
Essas são barreiras que levarão anos para serem superadas, mas não podemos ceder. Temos que demonstrar, com a nossa delicadeza, porém, com firmeza, a nossa posição e a nossa competência, pois só assim nos faremos respeitar.
Pode deixar dicas para mulheres que querem empreender?
A capacitação é um fator importante para o sucesso. Existem muitas instituições como Sebrae, Senac entre outras, que podem ajudar. Também é necessária uma boa dose de resiliência e muito trabalho. Apesar dos desafios, manter a motivação e o foco no seu objetivo são essenciais. 
BELEZA DA ALMA
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"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher" (Cora Coralina)
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