Dicas para mães e filhas sobre a primeira menstruaçãoDivulgação

A primeira menstruação ainda é um acontecimento que pode deixar muitas filhas e mães ansiosas. Para ajudar nesse momento de novas descobertas sobre o próprio corpo e afastar os tabus, conversamos com Mariana Betioli, obstetriz da Inciclo, que listou  10 fatos sobre essa fase que podem ser úteis tanto para a mãe quanto para a filha.
A menstruação acompanha outros sinais da puberdade
A menarca, ou seja, a primeira menstruação, geralmente ocorre entre os 10 e 14 anos de idade. “A primeira menstruação vem um pouco depois de alguns outros sinais de puberdade percebidos no corpo da menina, como desenvolvimento das mamas, surgimento dos pelos e a presença de secreção vaginal”, explica.
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Secreções são super normais
Aliás, essa secreção é bem comum e normal. “A vagina é um local úmido que produz secreção. É fisiológico e saudável. Ela pode mudar de aspecto em algumas situações, como por exemplo durante as diversas fases do ciclo menstrual. Mas é necessário prestar atenção na cor da secreção e alguns outros sintomas para poder identificar quando algo não vai bem”, aponta Mariana.
No começo, os ciclos são irregulares
Ser pega de surpresa por uma menstruação atrasada ou antes da hora também é comum. “Na adolescência, os ciclos menstruais costumam ser irregulares. Isso por conta da imaturidade do organismo, que, em geral, pode levar dois anos para se regularizar.”
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Existem opções além dos absorventes
Um dos produtinhos mais famosos para conter o sangue menstrual são os absorventes externos. Feitos de algodão e plástico, são colados na calcinha para absorver a menstruação por algumas horas. Mas, nos últimos anos, o mercado de higiene menstrual trouxe novas opções, que são mais funcionais, ecológicas, econômicas e até mesmo mais indicadas para a saúde íntima das adolescentes, como o coletor menstrual, absorventes reutilizáveis e as calcinhas absorventes.
Calcinhas menstruais são confortáveis e práticas
Se a menina sente que não se adapta bem ao absorvente, que pode mesmo causar certa irritação na pele, as calcinhas menstruais são bastante confortáveis. “É uma alternativa que vem se destacando por sua praticidade. Ao mesmo tempo que remonta aos tecidos usados pelas mulheres de outros tempos, a modernidade do material com que a peça é fabricada faz com que o sangue não vaze”, aponta.
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Conheça a tão falada tensão pré-menstrual (TPM)
Uma sigla tão pequena, mas que significa tanto, né? É um grupo de sintomas que costumam aparecer entre alguns dias antes da menstruação. “Ela acontece por causa das alterações hormonais durante o ciclo menstrual. Os sintomas incluem alterações de humor, seios sensíveis, desejo por comidas específicas, fadiga e irritabilidade”, cita. Mas não é motivo para desespero. A partir do momento que a garota conhece o seu corpo e os sinais que ele dá, começa também a entender o que funciona ou não.
As cólicas fazem parte do processo
As cólicas são uma das partes mais chatas do ciclo menstrual. Mas se não são muito intensas, fazem parte do processo. “As dores que sentimos vem da contração do útero para expelir o sangue. A tendência é que esse incômodo se alivie com o passar dos anos”, diz a especialista.
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“Virar mocinha” não significa tornar-se adulta da noite para o dia
Toda menina, quando tem sua primeira menstruação, ouve a velha frase: “virou mocinha”. Mais do que o processo físico, a primeira menstruação envolve um entendimento psicológico do próprio corpo e das mudanças que o sangramento traz. Portanto, você não precisa deixar de fazer o que gosta ou mudar seu estilo só porque começou a menstruar. “Claro que vamos mudar ao longo de toda a adolescência, afinal, ela é um período de passagem da infância para a vida adulta. Mas a menstruação é só um evento dentre todo esse período. Cada coisa no seu tempo”, acrescenta.
Visite um ginecologista
Após menstruar pela primeira vez, é interessante visitar a ginecologista para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto. Nessa consulta, a médica costuma fazer perguntas sobre a menstruação, dar orientações sobre higiene íntima, explicar o ciclo menstrual e sexualidade. “E se ela quiser entrar sozinha no consultório, mesmo que sua mãe ou algum responsável a tenha acompanhado até o local, saiba que é um direito dela”, finaliza.