Vocês sabiam que hoje (8) é comemorado o Dia Mundial da Alfabetização? Pois é. Nessa fase de aprendizado os livros infantis são grandes aliados no desenvolvimento do vocabulário e da imaginação dos nossos pequenos. Especialmente as obras lúdicas e repletas de ilustrações, que ajudam no desenvolvimento de competências intelectuais ao relacionar a linguagem com as figuras. Neste caso, minha dica é 'Animatrópole, da escritora e empreendedora baiana, Liu Oubiña.
Podemos dizer que o livro estimula o senso crítico e o respeito às individualidades desde a infância. E isso é muito, muito importante. Mais do que uma história para divertir as crianças, Animatrópole apresenta um propósito muito maior: formar cidadãos que pensam e agem pelo bem comum. A obra também é uma ferramenta para que pais e educadores ensinem os filhos sobre alteridade, tomada de decisões e diversidade.
É bem provável que em algum momento, meninas, vocês se identifiquem com outra obra. Sim, é inspirado em 'A Revolução dos Bichos', de George Orwell. A narrativa traz uma visão crítica e um toque político ao apresentar Animatrópole, uma cidade formada apenas por animas. Tudo ia bem com os cidadãos até que um desastre atinge o prefeito Teobald Tatu e o pânico se espalha entre a bicharada.
Para encontrar uma solução perante o inesperado, eles precisarão esquecer as diferenças e trabalhar uma estratégia juntos para superar a ambição pelo poder. Apesar das desavenças, os personagens assumem o verdadeiro valor da união, sabedoria, e exemplificam, de forma descontraída, como se deve analisar o cenário e os fatos para opinar sem perder o respeito sob as individualidades e o coletivo.
Para Liu Oubiña, "além de ensinar é um convite à brincadeira, fantasia e, também, para entrar num mundo divertido no qual se desenvolve a emoção, habilidades sociais e o senso crítico. E para isso, precisamos levar histórias que instiguem e dê curiosidade ao pequeno leitor, através de narrativas que possam entreter, estimular, impactar e desenvolver as potencialidades de cada um". MA-RA-VI-LHA, meninas!
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.