Mulherão: influencer com nanismo aposta na autoestima para derrubar preconceitos
Formada em Direito, Rebeca Costa trabalha para conquistar espaços maiores na sociedade para pessoas que tem o mesmo tipo de deficiência
Rebeca criou o perfil "Looklittle", no Instagram, para levar autoestima às pessoas com ou sem deficiência e mostrar o nanismo de forma positiva - Reprodução
Rebeca criou o perfil "Looklittle", no Instagram, para levar autoestima às pessoas com ou sem deficiência e mostrar o nanismo de forma positiva Reprodução
Quando a gente vê Rebeca Costa, de 28 anos, medindo apenas 1 metro e 20 centímetros, não acredita nas coisas grandiosas que ela faz durante o dia. É por isso, gente, que ela é o nosso Mulherão de hoje. Rebeca tem nanismo do tipo acondroplastia e hidrocefalia, mas a influenciadora digital costuma dizer que "altura é só um detalhe". Rebeca investe tudo em sua autoestima (a-do-ro!) e sempre buscou valorizar a si mesma.
O curioso é que nosso Mulherão é filha de pais com estatura normal e a única de três irmãs que possui deficiência. “Desde sempre fui influenciada pelos meus pais a embarcar em busca dos meus sonhos e a motivar as pessoas com o que arde no meu coração. Nunca deixei que me diminuíssem por causa dos meus poucos centímetros de altura”.
Muito vaidosa, Rebeca se tornou inspiração. Ela criou o perfil “looklittle”, no Instagram, que surgiu com o intuito de levar autoestima às pessoas - com ou sem deficiência - e de mostrar o nanismo de forma positiva com foco na melhoria e troca de informação, sendo a primeira influencer com nanismo a fazer e motivar outras meninas a começar.
E você sabia que o outubro também é o mês de conscientização e combate ao preconceito às pessoas com nanismo? No dia 25, às 19 horas, o Cristo Redentor será iluminado de verde em homenagem à causa. E Rebeca estará presente no evento, por causa dos debates sobre a deficiência e a visão da sociedade sobre essas pessoas.
Com quase 85 mil seguidores e selo de conta verificada, a página foi influenciada por amigos que queriam saber como ela adaptava suas roupas. Rebeca conta que as pessoas com nanismo sempre tiveram a fama de usufruir roupas infantis. “Eu quero derrubar esse mito, pois precisamos ser enxergados pelo mundo da moda, uma vez que o nosso maior problema neste segmento são braços e pernas curtas e pés pequenos. O resto é de adulto”.
E, meninas, tanto sucesso nas redes já levou nosso Mulherão às passarelas da São Paulo Fashion Week, em 2019.
Formada em direito, a influenciadora trabalha para conquistar espaços maiores na sociedade para pessoas com nanismo, lutando contra o costume de torná-los piada, ensinando, principalmente, a como manter a autoestima. “Passei a fazer vídeos de estímulos diante dos comentários de carinho que recebo para que possa atingir o público de maneira mais interativa e para que possam se sentir amados e contaminados pelo meu amor. Meu objetivo é levar o que mais o mundo está precisando. E mostrar que preconceitos só obtêm quando queremos, porque quando revidamos com o que temos melhor, que é o amor, o mundo vai pra frente. O nanismo é um detalhe”.
Para mim, Rebeca é um exemplo de como precisamos enfrentar a vida. Não é fácil ser alvo de comentários preconceituosos e lutar para ser reconhecida. Por isso, admiro tanto a história de mulherões que erguem a cabeça e ensinam outras mulheres a erguerem também. MA-RA-VI-LHA!
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