História de aluno muda escola em Duque de CaxiasDivulgação

A partir daí, Ana Carla viu que precisava se adaptar para oferecer ao único aluno surdo da escola, um ambiente acolhedor e propício para o seu aprendizado. Ela intensificou seu estudo em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e junto com a dinamizadora de leitura, Claudia Diniz, decidiram, depois do horário das aulas, produzir vídeos, interpretando histórias com sinais e ilustrações, de maneira inclusiva, educativa e atrativa, não só para Samuel, mas para todos os alunos. Além disso, foi iniciada na unidade a alfabetização em Libras para os estudantes de todas as idades e a interação tem sido maravilhosa, avaliou.

“Foi um avanço enorme na vida dele. Antes, ele ficava agoniado, pois era incompreendido e vivia num mundo particular. Hoje, ele está visivelmente feliz, se conhecendo como indivíduo, já que pode se comunicar”, acrescentou a professora Claudia.
E não para por aí. No final de setembro, toda a escola se mobilizou para realizar a culminância do Setembro Azul, que é o mês da conscientização sobre a visibilidade da Comunidade Surda. Direção, orientadoras pedagógicas e professores estavam integrados para promover inúmeras atividades. Foram exibições de vídeos, cartazes e várias ações em sala de aula. Samuel, por sua vez, que está no 3º ano do Ensino Fundamental, foi o protagonista e interagiu com toda a turma, mostrando que a libras é fundamental para o desenvolvimento nos aspectos social e emocional, não apenas do surdo, mas também de todos que fazem parte do seu convívio.
Para a avó do Samuel, Célia Oliveira, de 70 anos, que o cria desde os 2 anos de idade, o sentimento é de gratidão.
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