Evento reunirá 4 mil participantes de segunda a sexta, no Centro de Convenções SulAmérica. Investimentos no setor de petróleo e gás abrem novas perspectivas aos profissionais - Divulgação
Evento reunirá 4 mil participantes de segunda a sexta, no Centro de Convenções SulAmérica. Investimentos no setor de petróleo e gás abrem novas perspectivas aos profissionaisDivulgação
Por Bernardo Costa

Rio - A retomada de investimentos públicos e privados no setor de petróleo e gás somada às regras aprovadas para a partilha de royalties na área de mineração abrem perspectivas de novos empregos para geólogos no Brasil. A avaliação é de Hernani Chaves, presidente do Núcleo RJ da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) e da comissão organizadora do 49º Congresso Brasileiro de Geologia, que começa desta segunda-feira, no Centro de Convenções SulAmérica, no Centro do Rio. O evento vai reunir representantes de cerca de 80 empresas do segmento e cerca de 4 mil participantes até sexta-feira.

Entre eles, profissionais, pesquisadores, professores e estudantes. "É uma ótima oportunidade para relacionamento entre os profissionais e as empresas, que poderão se apresentar e informar aos candidatos sobre o que necessitam em termos de mão de obra", diz Hernani Chaves.

Congresso Brasileiro de Geologia será realizado entre os dias 20 e 24 de agosto e trará novas perspectivas de vagas para o setor - Divulgação

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Geologia, há hoje 11.578 geólogos registrados no país pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea/Crea). Desses, 61% atuam nas áreas de petróleo e mineração. E é este grupo que está com boas perspectivas de contratação nos próximos anos, segundo especialistas.

Congresso Brasileiro de Geologia será realizado entre os dias 20 e 24 de agosto e trará novas perspectivas de vagas para o setor - Divulgação

MAIS CHANCES NO RIO

Para Murilo Medeiros, geólogo da Shell, as maiores oportunidades vão surgir no Rio, onde estão os escritórios das principais empresas do setor. A demanda por profissionais, explica Medeiros, está relacionada à retomada de uma agenda regular de leilões de novas áreas para exploração por parte da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP).

"As multinacionais estão voltando a atuar e a necessidade de mão de obra especializada só tende a aumentar. Elas adquirem novas áreas em contratos de 35 anos. No período, elas são obrigadas a investir em pesquisa. É aí que entra o geólogo, no levantamento de dados que orientem as perfurações, entre outras ações" diz Medeiros.

Congresso Brasileiro de Geologia será realizado entre os dias 20 e 24 de agosto e trará novas perspectivas de vagas para o setor - Divulgação

Para Hernani Chaves, as expectativas de contratação na mineração se referem às alterações aprovadas pelo governo federal no Código de Mineração. Elas se referem à partilha de royalties. "A iniciativa traz estabilidade jurídica para o setor. Assim, as empresas terão mais tranquilidade para investir. Nesse processo, o geólogo é responsável por desenvolver pesquisas que apontem existência de minério em determinada área.

Durante o congresso, haverá 18 sessões em que serão debatidos os 2.175 trabalhos técnicos e científicos inscritos no evento. Os assuntos englobam temas diversos em segmentos como Geociências, Geofísica, Recursos Minerais e Energéticos e Desenvolvimento Sustentável.

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