Rio - As interações entre homens e máquinas estão transformando as relações pessoais e no ambiente corporativo. Softwares que utilizam tecnologias de inteligência artificial, aprendizado de máquinas e análise de dados chegaram para ficar e são o ponto central da chamada 4ª Revolução Industrial, marcada pela automação dos processos industriais. Suas aplicações nas empresas e nas sociedades provocam mudanças e trazem projeções para os próximos anos, que serão discutidas hoje na conferência .Futuro | Rio 2019, no edifício Aqwa Corporate, na Zona Portuária. O evento vai até amanhã e terá a participação de 25 palestrantes do Brasil e do exterior.
"A tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas. Hoje, um celular tem um poder maior computacional que a Nasa tinha em 1969, quando mandou o homem a Lua. Isso traz mudanças. Organizamos as palestras para que, no fim do dia, o público saia do evento com uma opinião informada", diz Xavier Leclerc, curador do .Futuro | Rio, que está na terceira edição.
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Xavier Leclerc irá comendar a palestra de abertura, que traça um panorama geral sobre o tema principal do evento: 'A Humanidade Aumentada'. Segundo Xavier, que foi diretor do Google e do Facebook na França antes de se mudar para o Rio, as inovações tecnológicas trazem novas possibilidades para as pessoas e as desobriga de cumprir uma série de funções repetitivas. "Nesse processo, será preciso desenvolver o que temos de melhor, que é capacidade de sentir e se relacionar com os outros. As empresas estão, inclusive, alterando a arquitetura de seus escritórios para aproximar mais os funcionários uns dos outros", diz.
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CEO no Brasil da multinacional Stefanini, que ajuda empresas no processo de transformação digital, Monica Herrero lista as habilidades que o profissional do futuro precisa desenvolver. Segundo ela, são questões mais ligadas à consciência do que à inteligência.
"A criatividade, a empatia, o bom senso, o pensamento crítico e a capacidade de tomar decisões terão que ser muito mais aguçadas. O profissional irá precisar definir as ações adequadas diante dos dados coletados hoje pelas máquinas. E vai estar sempre à frente delas, elencando os objetivos a serem alcançados", diz Monica Herrero, que dará a palestra 'Como a tecnologia amplia capacidades humanas'.
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Para Monica, o profissional ideal hoje é aquele que, além da habilidade profissional da carreira que escolheu, busca um conhecimento paralelo em tecnologia. "É o que chamo de aprendizado lateral. Um advogado, por exemplo, que saiba usar ferramentas de análises de dados pode avaliar o histórico de decisões judiciais para saber qual a melhor linha seguir no caso em que estiver envolvido", acrescenta.
A novidade desta edição do .Futuro | Rio são os workshops que vão acontecer amanhã. No encontro 'O profissional do futuro: como se preparar?', haverá um bate-papo com profissionais das empresas Ontime Innovation, Garagem e MOX Digital. O evento é gratuito, e será às 12h30, na Câmara de Comércio França Brasil. "Será um encontro de perguntas e repostas", antecipa Xavier Leclerc.
